Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
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empréstimo consignado

EMPRÉSTIMO AUXÍLIO BRASIL: Cuidado, taxa de juros pode ser a mais cara do mercado de consignado

Taxa de juros do empréstimo Auxílio Brasil pode ser maior que 80% ao ano, e aumentar o número de prestações a serem pagas no contrato

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Fernando Castilho

Publicado em 22/09/2022 às 9:46 | Atualizado em 22/09/2022 às 13:15
O calendário do abono salarial do PIS 2023, de ano-base 2021, já está disponível para consulta - Reprodução

Já está praticamente certo de que o projeto do presidente Jair Bolsonaro que autorizou a concessão de empréstimo consignado (com desconto em folha) para beneficiários do Auxílio Brasil - até o limite de 40% -, e para quem recebe o Benefício de Prestação Continuada (BPC) só vai ser possível a partir de outubro.

O empréstimo do Auxílio Brasil pode até ficar para novembro, a um mês da garantia de que o valor será de R$ 600. Mas uma coisa ainda trava sua operação: qual o juros que vai ser cobrado.

Isso porque, mesmo sendo um empréstimo onde o banco não tem como deixar de receber as prestações, a instituição que empresta esse dinheiro toma ele emprestado de investidores.

Mas, ainda assim, os bancos que operam nessa carteira temem que, depois de janeiro, a volta do valor de R$ 405 possa criar problemas.

Tecnicamente, uma pessoa pode tomar um empréstimo e se comprometer a pagar até R$ 240 por mês. Então, se a parcela é R$ 600, sobrariam R$ 360. Mas se voltar a R$ 405, o valor creditado na conta seria de apenas R$ 165. E isso pode provocar uma série de problemas para os bancos.

Hoje, apenas 83 bancos fazem empréstimos consignados. E eles podem cobrar de 0,71% ao mês ou 8,83%, ao ano, no caso da Bradesco Card; a 22,96% ou 1.094,13 ao ano, como é o caso do JBCCred.

Embora os líderes em empréstimos sejam mesmo os grandes bancos como Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica, que paga a maioria do Auxílio Brasil.

Tomar dinheiro emprestado, portanto, exige cuidado de quem pretende fazer o empréstimo. E porque a taxa de juros vai se refletir no número de prestações.

Até agora, ao menos 17 bancos já estão se preparando para oferecer o crédito. Bradesco, Itaú, Santander, Nubank e BMG são algumas das instituições que já decidiram não oferecer o crédito. Isso faz com que os bancos que atuam nesta faixa tenham mais chances de entrar no mercado.

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O mercado financeiro estima que esse bancos poderiam emprestar até R$ 75 bilhões. Caixa Econômica e BB informaram que “avaliam as condições técnicas e negociais com base na regulamentação definida pelo governo federal”.

O problema disso é que, em julho, a taxa média de juros cobrados, por exemplo, para os segurados do INSS foi de 26,3% ao ano. Então, é quase certo que para quem vai tomar esse dinheiro, deve saber que vai pagar mais prestações na medida em que o juros sobe.

O Governo Federal tentou, mas não conseguiu antecipar o pagamento do Auxílio Brasil em setembro. Problemas de atualização nos sistemas do programa social que substituiu o Bolsa Família impediram o adiantamento do calendário, de acordo com fontes do Executivo.

O Ministério da Cidadania quer incluir no Auxílio Brasil em setembro, a menos de um mês das eleições, 803,8 mil famílias.

Segundo o Ministério da Cidadania, o plano é zerar, até dezembro, a fila que se acumula mensalmente no programa social, o que quer dizer que mais pessoas poderiam também ter acesso à linha de crédito.

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