No país que deixou de fazer campanha para direção defensiva no trânsito e onde o próprio presidente da República faz uso de motos sem capacete, a indústria de motocicletas brasileira comemora o crescimento de 28,3% na comparação com o mesmo período de 2021, cravando 139,6 mil unidades fabricadas, transformando setembro de 2022 no melhor período das montadoras de motocicletas em nove anos.
As primeiras avaliações apontam o crescimento surpreendente decorrente da expansão dos serviços de entrega (delivery) e da demanda por soluções de transporte individual mais econômicas. A entidade revisou de 10,5% para 18,8% a previsão de crescimento da produção neste ano. Do primeiro dia do ano até setembro, a indústria de motos acumulou 1,06 milhões de unidades produzidas, o que corresponde a uma alta de 18,4%.
Festa nas concessionárias, comemoração na indústria, e uma preocupação no Sistema Único de Saúde, que ano passado gastou R$ 15,78 bilhões com despesas médicas de acidentados por motos, segundo dados do Sistema de Informações Hospitalares do SUS (SIH/SUS). Eles apontam ser no Nordeste onde os acidentes estão matando, mutilando e entregando ao INSS mais gente para ser aposentada por invalidez permanente.
O SUS gastou no Nordeste R$ 4,5 bilhões. Ficamos atrás do Sudeste (São Paulo) com R$ R$ 6,69 bilhões. Em apenas cinco anos, o Brasil gastou R$ 82,28 bilhões apenas com pessoas acidentadas por motos.
É uma despesa que não para de subir. Em 2016, o mesmo problema custou R$ 12,16 bilhões. Ou seja: o crescimento exponencial da venda de motos é diretamente proporcional ao aumento de custos no Sistema Único de Saúde em 28,91% em cinco anos.
A Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet) avalia que a maior presença de ciclistas nas vias brasileiras já mostra seu efeito colateral: o total de sinistros graves com ciclistas no Brasil aumentou 11% em 2021, quando comparado a 2020.
Isso acontece todo dia nas estradas brasileiras. Registros de 2020 da Polícia Rodoviária Federal (PRF) mostram que, só nas rodovias brasileiras, a colisão entre veículos e bicicletas vitimou 13.648 pessoas. E 16% delas não sobreviveram. Outros 223 mil motociclistas e/ou ciclistas também sofreram queda nas pistas, com mais de 7 mil casos com desfecho fatal.
Isso não quer dizer que moto seja o veículo da morte. Não é isso. O problema está na falta de fiscalização e de campanhas educativas, inclusive, nas capitais. E como tudo que está ruim pode piorar, as empresas de aplicativos entram no transporte de passageiros por motos para compensar a queda nas viagens de automóveis.
Segundo o presidente da Abraciclo, Marcos Fermanian, "as unidades fabris mantêm a curva de produção ascendente e o mercado pede por mais motocicletas porque o consumidor procura por um veículo ágil, econômico e com baixo custo de manutenção para seus deslocamentos". É verdade.
O problema é a total falta de conscientização do que é dirigir moto no Brasil de hoje. Nos números do SUS, em cinco anos, o atendimento segundo faixa etária foi de 34,50% com motociclistas com idade entre 20 e 29 anos e outros 23,68% que tinham idades entre 30 e 39 anos. Dito de outra forma: o sucesso nas vendas de motos está entregando ao INSS um exército de mutilados para serem aposentados por invalidez com um salário mínimo.
Dia 24, às 11h, o Santander com a Frazão Leilões está vendendo em leilão três imóveis em Pernambuco: um apartamento na cidade de Gravatá, com 70 m2 de área útil e lance inicial de R$ 68,7 mil. Outro em Surubim, com 102 m2 e lance de R$ 135,6 mil e outro em Pesqueira, uma casa de 160 m2 de área com lance a partir de R$ 90,7 mil.
Hoje pela manhã, o Conselho Regional de Contabilidade de Pernambuco, realiza o 3º Encontro Pernambucano Online de Perícia Contábil. Conversa sobre perícia contábil na prestação de contas eleitorais; em planos de saúde e a perícia contábil e a obediência aos valores da governança corporativa. No YouTude do CRC-PE www.crcpe.org.br.
Domingo é o Dia Mundial do Pão. Negócio de 70 mil padarias espalhadas pelo Brasil. Em 2021, o mercado de panificação e confeitaria faturou R$ 105,85 bilhões no país, um crescimento de 15,3% em relação a 2020, segundo a Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (ABIP), que estima que 40 milhões de brasileiros entrem em padarias todos os dias para comprar pão.
Por R$ 10 milhões, a Neoenergia Pernambuco vai realizar a implantação do primeiro sistema solar flutuante em espelho d'água no Açude de Xaréu, em Fernando de Noronha. Terá potência instalada de 630 kWp, e capacidade de gerar 1.238 MWh, ocupando uma área de seis mil metros quadrados, substituindo parte dos 80% da energia produzida por geradores a diesel na ilha. A Compesa usa 14% da energia de Fernando de Noronha.