Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
castilho@jc.com.br
Coluna JC Negócios

CadÚnico pagou auxílio de R$ 600 a 600 mil mortos revela investigação do Ministério do Desenvolvimento Social

Curiosamente essas pessoas tenham, ao menos, um contato com a Caixa Econômica para receber algum benefício.

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Fernando Castilho

Publicado em 19/07/2023 às 9:00
Bolsa Família passou por cortes em 2023 - MDAS/Divulgação

Uma varredura básica o governo – trabalhando com apenas 45% do Cadastro Único para programas sociais - o CadÚnico encontrou e excluiu 604 mil pessoas com indicativo de óbito há mais de 12 meses. A varredura também achou quase um milhão (921.900) de famílias com cadastro desatualizado há mais de quatro anos. Mesmo que essas pessoas tenham, ao menos, um contato com a Caixa Econômica para receber algum benefício.

Analistas de dados sempre entenderam que o CadÚnico assim como o banco de dados do Bolsa Família poderia funcionar como um acesso intravenoso hospitalar onde é possível o paciente receber toda a medicação e ser monitorado. Um pouco de atenção do Governo poderia, a partir dela, fazer consultas mensais sobre essas famílias permitindo a oferta de serviços com base em dados atualizados mensalmente.

Mas o Ministério do Desenvolvimento Social nunca tratou aquela montanha de dados onde estão bilhões de informações sociais. Mesmo o Brasil se permitindo pagar R$ 150,00 a 9,13 milhões de por famílias com filhos de até seis anos. Finalmente, desde o início do ano, o Governo Federal vem fazendo ajustes na base de dados do Cadastro Único para garantir que as famílias que realmente precisam dos recursos estejam na base de dados. Mas só agora decidiu rever a planilha de dados captados nas prefeituras.

Imagine o que essas informações com recursos de Inteligência Artificial podem produzir de modo a permitir ações de governo especialmente nas áreas de saúde e educação, mobilidade e habitação? O Brasil é mesmo um país muito diferenciado. Paga todo mês R$ 14 bilhões a 20,90 mil famílias com base numa plataforma de coleta de dados que não foi atualizada por 12 anos.

O detalhe é que isso acontece num país que se orgulha de ter uma Receita Federal que manda a declaração de ajuste do Imposto de Renda quase pronta; de operar um sistema de pagamento em tempo real (PIX) que faz 13 milhões de operações/dia e de fazer uma eleição que pública os resultados oficiais em até seis horas após o fechamento das urnas sabe-se, hoje, que o formulário usado no cadastro atualmente para o Bolsa Família é mesmo de 2010 que até hoje (2023) não passou por nenhuma atualização relevante.

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