Líder no setor de suco em pó, segunda no segmento de biscoitos e disputando cabeça a cabeça o setor de chocolates com a Nestlé, o gigante Mondeléz Brasil está investindo R$ 350 milhões no projeto de ampliação de seus negócios na unidade de Vitória de Santo Antão para torná-la a maior unidade da companhia na produção de biscoitos alavancando as vendas de um negócio que cresce desde a pandemia no Brasil e na qual a planta pernambucana se tornou uma referência.
A unidade de Vitória de Santo Antão é um case de sucesso dentro do grupo Mondeléz como exemplo de integração junto à comunidade onde está inserida e como seus funcionários vêm e empresa como lugar de pertencimento.
Hoje, a Mondeléz emprega 20% da população economicamente ativa do município , que conseguem renda aumentada em até 30 vezes, já que além da oportunidade, ao trabalharem na fábrica recebem desde bolsa técnica, para o trabalho na operação, até bolsa graduação.
Inaugurada em 2010 para fabricar o conhecido wafer Sonho de Valsa, a fábrica localizada às margens da BR 232 se transformou numa planta multi-produtos, mas acabou virando a casa do biscoito BIS, líder do segmento e ano passado foi considerada pela segunda vez, a de melhor performance entre as oito unidade do grupo na América Latina .
Dona de marcas icônicas e amadas como Lacta, Oreo, Club Social e Tang, a Mondeléz Brasil é o motor de crescimento da companhia na América Latina com taxa de crescimento de 20% e, em maio último, anunciou investimento de R$1 bilhão no Brasil, incluindo o aumento da capacidade de produção de suas duas fábricas localizadas em Curitiba (PR) e Vitória de Santo Antão (PE).
Nesta quinta-feira, o presidente da companhia no país, Liel Miranda, voltou a Pernambuco para um dia de trabalho ao lado do presidente da Mondeléz América Latina Mariano Lozano e disse que a planta de Pernambuco, sempre lhe surpreende pela resposta que dá aos desafios em termos de produtividade consolidando a idéia de que o capital humano pode fazer o diferencial de uma empresa.
No ano passado, a fábrica localizada em Vitória de Santo Antão (PE), foi eleita pela Mondeléz International como a melhor planta da companhia na América Latina, então liderada por uma mulher, a Bethania Souza, que esteve no cargo por dois anos à frente da produção de marcas icônicas.
Liel vem acompanhando de perto os números da unidade pernambucana, atualmente liderada por outra mulher, Cibele Esteve, cuja carreira começou e se consolidou na planta onde obteve seu primeiro emprego.
Em agosto deste ano, a Mondeléz realizou a primeira ação de voluntariado Change Day para a população de Vitória de Santo Antão. Foram mais de 1.500 pessoas beneficiadas com ações de cidadania, diversão, saúde e empregabilidade.
Ele também gosta de destacar o engajamento dos funcionários nos compromissos com a empresa e parcerias com fornecedores dentro do objetivo do grupo Mondeléz de ser uma empresa sustentável.
A empresa mantém programa de fomento à economia local e de incentivo aos fornecedores diversos e inclusivos que viabilizou a contratação de 394 fornecedores e em Pernambuco.
Na conversa com a governadora Raquel Lyra, a quem visitou nesta sexta-feira, ele lembrou que a empresa tem o uso de água 100% reciclada e utiliza apenas energia renovável. A empresa programa chegar, ano que vem, a marca de 100% de suas embalagens recicladas reduzindo a níveis mínimos o uso de plásticos também biodegradáveis.
Segundo o presidente Latam da Mondeléz, Mariano Lozano atualmente todas as fábricas da Mondeléz na América Latina funcionam com energia renovável e a empresa tem compromisso com a redução das emissões de CO2 de suas operações e com o estímulo à economia circular de plásticos.
Mas a disputa pela liderança no segmento de chocolates levou a empresa a desenvolver o Projeto Cocoa Life, um programa global de sustentabilidade do cacau da Mondeléz International já que o cacau de gera o chocolate é uma parte central do negócio
Segundo Liel Miranda, o Cocoa Life essencialmente atua com famílias que vivem da fruta, com foco em transformar o cacau em uma opção comercial, criar comunidades inclusivas e com poder de decisão, e orientar como preservar e recuperar as floresta de cacueiros encontradas na Amazônia e na Mata Atlântica
O projeto que visa ajudar produtores das duas regiões tem como meta fazer a Mondeléz Brasil em 2025 passar a comprar no país 100% de todo o cacau que as suas duas unidades utilizam e que atualmente são 70% compradas no exterior. O Brasil já foi um dos líderes da produção de cacau, mas hoje ocupa a 7ª posição.