No ano de 2023, os cidadãos poupadores de pequenas quantias depositadas na caderneta de poupança sacaram exatos R$87.819.117 registrando a segunda maior perda de recursos desde a criação da aplicação no século XIX quando a Caixa Econômica Federal criou a aplicação. Apenas em 2022 com R$103.237.176 a caderneta perdeu mais de ano passado.
A caderneta que é esnobada pelos analistas do mercado que não se cansa de detratá-la afirmando que é o pior papel do mercado, pois não raro perde da inflação é um bom indicador de como anda as finanças das pessoas do andar de baixo que a preferem pela simplicidade de poder sacar na hora de crise e não pagar imposto de renda.
Entretando, nos últimos anos com os saques seguidamente sendo maiores que os depósitos, a caderneta passou a ser um indicador de como as pessoas estão sacando o dinheiro ali depositado não para fazer investimentos em melhoria de habitação, aquisição de automóveis ou financiamento habitacional para revelar o saque para compra de alimentos ou remédios ou simplesmente fugir de dívidas do cartão de crédito.
No ano passado a caderneta só conseguiu ter captação positiva nos meses de junho (quando o INSS pagou a segunda parcela do 13º dos aposentados e em dezembro quando o aplicador do papel também reserva uma parte do 13º para guardar. Em 2022 o fenômeno se repetiu quando o governo também antecipou o pagamento do 13º como ação de campanha de Jair Bolsonaro e em dezembro quando a economia fechou o ano com crescimento depois das eleições.
Mas o que chama atenção nos números frios que o Banco Central divulga é que pelo segundo ano consecutivo a caderneta fecha o exercício com menos de R$ 1 trilhão (R$ 998.943.311) em 2022 e R$ 983.033.905 já computada a remuneração creditada.
Apenas em 2021 em plena pandemia e quando o Governo pagou o Auxílio Emergencial de R$ 600 a mais de 65 milhões de pessoas a caderneta passou de R$ 1 trilhão (R$ 1.030.603.010) também impulsionado pela parcelas do Auxílio Emergencial que fizeram a caderneta ter captação positiva de abril a julho.
Ou seja, no período do pagamento das quatro parcelas iniciais da ajuda do governo no auge da pandemia provando que o dinheiro ali pertence a pessoas de baixa renda ou no máximo de média renda e que ela funciona como uma espécie de seguro crise familiar e pessoal para salvar o poupador de uma situação de emergência.
O problema é que a cada ano o total de depósitos está diminuindo, o que não quer dizer que as pessoas estão procurando alternativas, mas simplesmente sacando para o consumo. Não raro, para comprar comida.
Desenrolou pouco
O governo diz que a Plataforma do Programa Desenrola Brasil para renegociação de dívidas negativadas bancárias e não bancárias foi um sucesso. Mas uma consulta ao banco de dados do Serasa revela que, no mês de novembro, o número de devedores listados continuavam os mesmos 71,81 milhões de pessoas negativadas, que foi o número do mês julho com 71,41 milhões de pessoas.
O que significa dizer que o Desenrola Brasil não conseguiu reduzir o número de devedores. Foi bom mesmo para os bancos que negociaram R$15,8 bilhões entre 17 de julho e 29 de setembro, beneficiando cerca de 71,73 milhões de clientes bancários.
Soma em Carneiros
A Soma Inc. incorporadora que tem no portfólio quatro empreendimentos de sucesso em Tamandaré está lançando mais um exclusivo condomínio de casas de alto padrão à beira-mar , desta vez em Carneiros com 81 unidades em um terreno de cinco hectares.
Recife na cabeça
O secretário de Turismo e Lazer do Recife, Antônio Coelho pegou pesado. Disse que o maior réveillon que o Recife proporcionou também um recorde na taxa de ocupação da rede hoteleira da cidade 90,06% de ocupação entre os dias 30 de dezembro de 2023 e 1º de janeiro de 2024 segundo dados da ABIH-PE. O problema é que, segundo ele, o Rio de Janeiro, cuja taxa ficou em 87,13% na noite da virada, de acordo com dados do HotéisRio (Sindicato dos Meios de Hospedagem do Município do Rio de Janeiro), é menor que o Recife. O município do Recife tem um décimo do número de quartos que o Rio de Janeiro.
Anitta na Shein
Assim como estreou no Carnaval de Pernambuco em 1994 trazendo as primeira sombrinhas de frevo feitas na China, a varejista global de moda, beleza e lifestyle, SHEIN, anunciou uma coleção inédita de carnaval totalmente produzida no Brasil, tendo a ninguém menos que a cantora e compositora Anitta como uma das curadora da coleção, com direito a uma seleção especial de 10 peças escolhidas especialmente para as brasileiras. São 85 peças de vestuário feminino, masculino com uma ampla variedade de estilos e tamanhos que vão do P ao G4.
Desconto chinês
Os chineses não estão brincando. Neste mês será possível comprar um GWM ORA 3 Skin (sem teto solar), no valor de R$150 mil, com entrada de 50% mais 24 parcelas fixas com taxa zero de juros. E o cliente ganha recarga de bateria grátis em mais de 1.000 postos em todo o Brasil durante todo o ano de 2024. Os chineses vão simplesmente baixar 10% seus preços acomodando a nova tributação.