No Dia Internacional da Mulher as comemorações ao redor do mundo ainda refletem mais a necessidade de avanços na equidade das relações sociais, econômicas e políticas do que as conquistas obtidas desde o movimento iniciado com protesto após um incêndio em uma fábrica de tecidos nos Estados Unidos.
O dia 8 de março foi instituído como Dia Internacional das Mulheres, pelas Nações Unidas em 1975, mas depois de quase 50 anos a maior dificuldade das mulheres é avançar nas conquistas relacionadas à remuneração de salários em postos de trabalho que vão da simples remuneração à promoção na empresa até chegar em postos de alta gerência.
Avanços e conquistas
Houve avanços e no Brasil e um deles, por exemplo é a produção de um Relatório de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios previsto para ser divulgado ainda no Primeiro Semestre de 2024 que dará número reais a essa situação uma vez vai pegar os informes de empresas com mais de 100 funcionários. O relatório é resultado da Lei nº 14.611/203, conhecida como Lei da Igualdade Salarial entre homens e mulheres, para a diminuição das desigualdades existentes.
Poucas no comando
Mas as mulheres representam apenas 21% dos membros dos conselhos administrativos e 17% dos CEO das empresas brasileiras. Um relatório da Wells Fargo Impact of Women-Owned Business Report, captando o número de empresas pertencentes a mulheres entre 2019 e 2023, mostra que aumentou quase o dobro da taxa das pertencentes a homens.
Esse crescimento é impulsionado por uma série de fatores, incluindo avanços na educação, mudanças nas atitudes sociais em relação ao papel das mulheres no mercado de trabalho e o advento de tecnologias que facilitam o acesso ao empreendedorismo. Mas ainda assim é insuficiente.
Assedio pelo chefe
E esse avanço na empresa tem custos emocionais sérios. Um estudo conduzido pelo Grupo IAUDIT, empresa especializada em auditoria, canais de denúncias e compliance, revelou que a maioria das denúncias no mercado de trabalho feitas no ano de 2023 foram direcionadas contra líderes, fiscais e encarregados dentro das organizações.
Onde 37,61% das denúncias foram feitas contra líderes, fiscais e encarregados, enquanto 32,90% foram direcionadas contra supervisores e coordenadores. Outro levantamento feito pela Infojobs, HR Tech que desenvolve soluções para RH de empresas, mostrou que 88,5% das mulheres acreditam que as oportunidades não são as mesmas para ambos os gêneros e que 74,1% das entrevistadas afirmam já ter sofrido assédio ou preconceito na vida profissional.
Provedora do lar
Esses desafios apenas em relação ao trabalho. Mas neles precisam ser acrescidos a questão social da mulher trabalhadora como líder doméstica e mais ainda quando é a única provedora do lar e dos filhos. O avanço do número anos na escola tem ajudado a melhorar o quadro geral, mas o desafio continua.
O problema é que na onda de se apresentar como empresa inclusiva centenas de empresas começaram a usar o percentual de mulheres na companhia como prova de preocupação central como a questão. E fazendo mais ações no setor de comunicação do que no de Recursos Humanos.
A diretora da Potencia Ventures, grupo de investimentos focado em impacto social, Itali Collini avalia que a parte mais difícil do desafio não está no desenho institucional, mas sim na organização social. Para ela, independentemente de quantas ondas de feminismo e políticas forem criadas, se a mentalidade e a cultura das pessoas não mudarem no mesmo ritmo, estaremos sempre enxugando gelo em relação à equidade de gênero.
Origem da data
Comemorada em mais de 100 países, o Dia Internacional das Mulheres, pelas Nações Unidas, foi criado em 1975. Empresas e várias instituições trabalham com a data está relacionada a um incêndio em uma fábrica de tecidos nos Estados Unidos. Mas há informações de que ela é um protesto que aconteceu na Rússia quando no dia 8 de março de 1917 organizou-se uma grande passeata de mulheres, em protesto contra a inflação, desemprego e a deterioração geral das condições de vida no país.
E a ideia de criar um dia para a comemoração nasceu em 26 de agosto de 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres Socialistas em Copenhague, pela líder socialista alemã Clara Zetkin, embora sem contudo fixar uma data específica.
Arábia Saudita
Em 2023, a Arábia Saudita alcançou a marca de 100 milhões de visitas de turistas desde o lançamento de sua Estratégia Nacional de Turismo, em 2019, atingindo a meta sete anos antes do cronograma original, em 2030. Agora, o país ampliou o objetivo e busca chegar a 150 milhões de turistas até o final desta década e reservou investimentos de US$800 bilhões em infraestrutura para o Turismo. O setor de Turismo já é responsável por um milhão de empregos e, até 2030, deve somar, ao todo, 1,6 milhões de postos de trabalho.
Comprando startups
Em 2023 o setor financeiro do Brasil registrou 200 fusões e aquisições em 2023, aumento de 38,8% em comparação com 2022. Os dados constam na tradicional pesquisa da KPMG sobre o assunto, realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira. Por segmentos as instituições financeiras (135), seguros (33) e negócios imobiliários (32) lideraram. Fusões e aquisições é mais uma classificação. No setor financeiro o que ocorre é aquisições.
Centro Cultural
Com investimento de R$20 milhões, O Sesc Santo Amaro está sendo reformado e vai se posicionar como Centro Cultural, um espaço de convivência para o público. A unidade, que funciona há 55 anos, ficará pronta em dois anos.
CVC no pátio
Depois da Cacau Show, agora é a CVC adotará novo modelo de lojas modulares montadas em containers e poderá acomodada em ambiente externos, como estacionamentos de shoppings, postos de gasolina, hipermercados e atacarejos e terrenos e áreas abertas, com montagem em apenas 24 horas.