Cenário econômico em Pernambuco, no Brasil e no Mundo, por Fernando Castilho

JC Negócios

Por Fernando Castilho
castilho@jc.com.br
Coluna JC Negócios

Adutora do Agreste vira realidade com Estação Elevatória capaz de transportar até 2.000 mil litros por segundo

A nova estação de tratamernto reforça os abastecimento de seis municípios que recebem agua do Moxotó além de mais três que agora terão fornecimento regular.

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Fernando Castilho

Publicado em 03/04/2024 às 16:00 | Atualizado em 03/04/2024 às 20:32
Estação Elevatória de Água Bruta localizada no distrito de Ipojuca, em Arcoverde, Sertão do Moxotó - DIVULGAÇÃO COMPESA

Nesta quinta-feira (4) a governadora Raquel Lyra e o presidente Lula fazem o acionamento da Estação Elevatória de Água Bruta localizada no distrito de Ipojuca, em Arcoverde, Sertão do Moxotó com potencial para transportar até 2.000 l/s, na primeira etapa e chegar a 4.000 l/s, quando da conclusão das duas etapas do chamado Sistema Adutor do Agreste.

Ela marca o início efetivo da operação do projeto iniciado há 10 anos quando Pernambuco começou a trabalhar num complexo de adutoras que deverá, no futuro, abastecer 68 municípios onde habitam dois milhões de pessoas em regime de insegurança hídrica na região do Agreste de Pernambuco considerada área de menor oferta d’água do semi-árido nordestino.

Até lá, quando terão sido espalhados mais de 1.500 quilômetros de tubulações, o sistema - que está recebendo água da transposição do Rio São Francisco - terá que ir sendo operado por etapas como a desta quinta-feira que substitui o sistema que transportava apenas 200 litros de água por segundo vindos do sistema Moxotó, além do abastecimento por meio de sistemas isolados e sem segurança hídrica.

Alex Machado Campos , presidnete da Compesa. - Divulgação Compesa

A partir de agora esse sistema - que injeta água na Adutora do Agreste por meio do bombeamento através de quatro conjuntos moto-bomba amplia a oferta para até 2.000 l/s para a 1ª Etapa da Adutora do Agreste embora, inicialmente, apenas 600 litros de água por segundo sejam injetados.

Mas a diferença será grande. Para começo de conversa agrega aos seis municípios que recebem a do Moxotó, mais três que agora terão fornecimento regular. E beneficia diretamente mais 425.000 pessoas do Agreste de modo que ao todo 615.000 pessoas passam a ser atendidas.

O acionamento da Estação Elevatória, segundo o presidente da Compesa, Alex Machado Campos viabiliza o abastecimento de água para o trecho Belo Jardim-Caruaru, contemplando os municípios de Caruaru (maior cidade do Agreste Pernambucano), São Caetano, três distritos de Brejo da Madre de Deus (Fazenda Nova, Barra de Farias e Mandaçaia) e o distrito de Serra dos Ventos em Belo Jardim. 

E no caso de Caruaru, a Compesa está concluindo ainda este ano a instalação da nova Estação de Tratamento de Água com vazão de 200 litros de água por segundo, no bairro da Bela Vista de Caruaru. A unidade custou R$4,4 milhões e beneficiará os bairros de Cidade Alta, Adalgisa Nunes, Wirton Lira, Agamenon e Encanto da Serra, permitindo a eliminação do rodízio e ainda reforçará o abastecimento dos bairros Vassoural, Santa Rosa e Petrópolis.

Alex Machado revela que com a operação da estação elevatória de Ipojuca a chamada adutora do Agreste chega a 696 quilômetros dos 790 km previstos, ou 88% de tubulações assentadas. O conjunto de obras da 1ª etapa tem hoje uma execução física de 74,05%.

A estação elevatória, no reservatório de água bruta e no sistema adutor entre a elevatória e o reservatório, já foram investidos R$124 milhões, com recursos dos governos Federais e do Estado. Mas até agora já foram investidos R$1,4 bilhão, sendo R$1,2 bilhão da União e R$200 milhões do Governo de Pernambuco.

 

adutora do agreste terá 1.500 quilometros de tubilações. - DIVULGAÇÃO COMPESA

Pelas contas do presidente da Compesa apenas a 1ª etapa está estimada em R$ 2 bilhões que quando plenamente concluída, terá vazão de 2 mil l/s e beneficiará 1,3 milhão de pessoas de 23 municípios: Arcoverde, Pesqueira, Alagoinha, Sanharó, Belo Jardim, Tacaimbó, São Bento do Una, São Caetano, Caruaru, Bezerros, Gravatá, Santa Cruz do Capibaribe, Toritama, Brejo da Madre de Deus, Pedra, Venturosa, Buíque, Tupanatinga, Itaíba, Águas Belas, Iati, Cachoeirinha e Lajedo.

Se tudo der certo, a previsão para se concluir a 1ª etapa é até o final de 2026, quando a adutora estará preparada para atender também a até mesmo o abastecimento rural ao longo dos diversos trechos. A grande vantagem do sistema que roda agora é que ele estará preparado para que nas duas etapas a vazão chegue a até 4.000 l/s, e chegue às 68 cidades e dezenas de distritos e povoados.

Segundo Machado com o acionamento da Estação Elevatória de Água Bruta de Arcoverde a empresa pôde dar início a análise dos projetos à 2ª etapa com a assinatura do Termo de Compromisso (TC) para a revisão de seu projeto, a ser pactuado também com o Governo Federal.

Será a segunda etapa que vai contemplar mais 45 cidades com a água da Transposição que Pernambuco tem contratado até 8.000 mil litros por segundo mil. Após a assinatura do TC será iniciada a fase de licitação para contratação da empresa para revisão do projeto.

Alex Machado Campos acredita que essa revisão deverá ser concluída em 2026 quando se iniciará a etapa de licitação para as obras. Juntas, as duas etapas vão beneficiar mais de dois milhões de pernambucanos em 68 municípios.

Quando concluída a adutora terá uma extensão total de 1,5 mil km, sendo 790 km correspondentes à 1ª etapa e 710 km correspondentes à 2ª etapa numa obra que prevê investimentos totais de R$5 bilhões (1ª e 2ª etapas).

A partir de agora esse sistema - que injeta água na Adutora do Agreste por meio do bombeamento através de quatro conjuntos moto-bomba amplia a oferta para até 2.000 l/s - Divulgação Compresa

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