A Petrobras está de novo em crise. E mais uma vez o seu presidente está sendo cobrado por baixo desempenho em relação aos objetivos do governo da ocasião. Não tem a ver com a performance da companhia que continua entregando a maior arrecadação de tributos da União. Não tem a ver com sua capacidade de investimentos já que existe uma fila de bancos lhe emprestarem dinheiro e também não tem a ver (ainda) com a pressão de deputados e senadores querendo comandar diretorias.
Tem a ver com uma briga entre o presidente Jean Paul Prates e o ministro das Minas e Energia, Alexandre Silveira, que deseja ocupar a empresa (aí sim) com indicações de modo a que possa exercer influência na empresa, sabem-se lá com que objetivos. Virou uma briga desde o dia em que Silveira mandou uma lista de diretores e conselheiros que Prates recusou e escolheu nomes com critérios mais técnicos ou menos políticos iniciando-se uma disputa por espaço dentro do governo.
Vaidade de consultor
Se pode criticar Prates por sua elevada auto-estima e vaidade de consultor bem sucedido na área de energias renováveis. Mas é injusto dizer que ele não tem a dimensão do cargo e da importância da Petrobras como empresa global e do seu papel como agente estratégico na área de energia.
Ele tem e logo percebeu que, num mundo em que a atividade-fim da companhia (explorar petróleo), virou alvo dos ambientalistas, só havia um caminho para reposicionar a empresa que era apostar no discurso da transição energética, que seria financiada pelo dinheiro que o petróleo gera na Petrobras.
Petróleo sempre
Quem ler o programa de investimentos da empresa percebe facilmente que não tem como ela destinar (como destinou), 96% de seus recursos para explorar petróleo por muito tempo. Mas Prates colocou ali 4% para investimentos que vão ajudar no discurso oficial de que o caminho para se chegar a uma empresa adequadamente inserida no meio ambiente é explorar o petróleo enquanto ele é rentável como negócio.
O azar de Prates é que Silveira tem outros planos usando esse mesmo discurso. E desde que se aproximou de Lula assumiu um discurso ambiental que deve espantar a ministra Marina Silva.
Notícias boas
A bem da verdade, Silveira só leva para o presidente temas que sabe a opinião de Lula. E cuidou de se aproximar de Rui Costa (Casa Civil) e Alexandre Padilha (articulação Política) para criticar Prates. Trabalhando no Rio de Janeiro, o presidente da Petrobras tinha poucas chances de sobreviver à fritura em Brasília.
Mas ao apresentar Prates seu primeiro balanço Prates cometeu um erro básico. Defendeu o estatuto de governança da companhia que mandava pagar ao acionista tudo que ele tivesse direito, o que é excelente para o próprio governo que tem 37% da empresa e poderia engordar o caixa além do já recebido como impostos. Deu ruim. Silveira aproveitou a rejeição de Lula com dividendos e cuidou de defender o confisco dos dividendos tocando música aos ouvidos de Lula.
Sem se defender
O presidente da Petrobras não teve a chance de se defender e a partir daí foi uma questão de tempo. Silveira ganhou a briga, embora não tenha indicado um sucessor e pode ter errado feio se Lula escolher Aloizio Mercadante que fala direto com Lula. Mas Silveira se livrou de um problema. E isso já é o suficiente.
E a Petrobras? Bom nessa briga o que menos importa é se ela está bem ou se carrega uma defasagem de R$0,30/L nos preços do óleo diesel em relação ao mercado internacional. Ou de R$0,12/L nos preços da gasolina. Esse é um problema para o próximo presidente que terá que falar de reajuste depois de 102 dias do último reajuste do diesel e 168 dias do da gasolina.
Felizmente a empresa adquiriu um nível de governança tão alto que aguenta isso. O que pode não ser suficiente se depois de escolher o novo presidente, Lula voltar a escolher os diretores por critérios político partidários.
Carro elétrico
De janeiro a março, as vendas de eletrificados chegaram a 36.090 no Brasil e bateram mais um recorde, (aumento de 145% sobre 2022). Os 13.613 emplacamentos de março só foram superados pelo recorde de dezembro de 2023 (16.279). O desempenho foi impulsionado pelos incentivos do programa governamental Mover que ampliou a oferta de mais modelos das montadoras. Os dados são da Associação Brasileira do Veículo Elétrico
Cigarro eletrônico
Os produtos sem fumaça já representam 36,4% da receita líquida em 2023 da Philip Morris International (PMI) , puxados por seu avanço na União Europeia e Japão. A categoria de produtos livres de fumaça inclui dispositivos eletrônicos com tecnologia de tabaco aquecido e sachês de nicotina, que são alternativas para adultos fumantes que desejam abandonar o cigarro convencional presente em mais de 80 mercados, como a União Europeia, Nova Zelândia, México e Canadá.
NE Franchising
A Associação Brasileira de Franchising (ABF) entrega no dia 3 de maio, às 19h, no WTC Hall, em São Paulo, o Prêmio ABF Destaque Franchising 2024. No nordeste 16 marcas vão receber o Selo de Excelência em Franchising entre eles sete pernambucanas: Camarão & Cia, no setor de alimentos; Farmácia Roval, Pharmapele e Selfit (academia), no setor de saúde, beleza e bem estar; Grau Profissionalizante e Grau Técnico, no setor de educação e a Premiapão no de comunicação no varejo.
Doar parte do IR
O contribuinte quase não destina parte de seu Imposto de Renda devido para projetos sociais. E isso se dá pela falta de conhecimento. Até agora, essas doações totalizaram R$7,36 milhões, quando poderiam ter alcançado R$1,36 bilhão. No ano passado, as doações foram de R$283,76 milhões, quando poderiam ter chegado a R$11,65 bilhões.
O contribuinte pode abater até 6% do Imposto de Renda devido ou aumentar a restituição em até 6%. No próximo dia 25 tem uma ação de profissionais de Contabilidade para garantir uma declaração correta. Neste dia, haverá atendimento em 40 sindicatos em ações coordenadas para esclarecer dúvidas sobre o IR. O prazo para declaração do Imposto de Renda 2024 segue até o dia 31 de maio.
Lei do Bem
Nesta quinta-feira (11), às 17h30, no auditório do Softex tem palestra do diretor de Inovação da empresa GT Group, do Rio de Janeiro, Cristiano Vicente falando sobre Lei do Bem – considerada o principal incentivo fiscal no Brasil – e da Lei de Informática, criada para estimular as indústrias de hardware e automação.