Histórias contadas pelo corpo nos impelem à descoberta e à renovação do mundo. As palavras que circulam nos livros saem de corpos percorridos pela arte literária, na expansão da pulsão criativa expressa, também, na escrita. Ver e ouvir a poesia recitada, uma autora ou autor em plena criação, lançando palavras ao ar, é como ler um grande livro sem precisar virar páginas. Há quem escreva assim, falando, movendo as mãos com a maestria de quem dita para quem escuta com emocionada atenção.
Não é à toa que Octavio Paz disse que defender a poesia é como defender a liberdade. A poética ativa é um antídoto para os ataques à expressão livre – do pensamento, da voz, do corpo, da identidade, do direito, da vida. A literatura não se esgota num livro: começa ali, onde a leitura quer ganhar outras formas, fazendo do escritor um maestro a reger o verbo, escrevendo atos em todas as direções.
Com promoção da Oia Editora, Raimundo Carrero esteve em São Paulo com a oficina literária “A sedução do leitor”, durante três dias na Biblioteca Mário de Andrade. Ontem, foi o lançamento do box comemorativo de 75 anos de Carrero, com a quadrilogia “Ceifa sangrenta em campo de batalha”, na Livraria da Vila.
A exposição de literatura expandida baseada em uma coletânea de ficção científica à brasileira entrou em cartaz no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro. Com a participação de vários escritores, entre os quais Arthur Cavalcante, com o conto Vitae-História, que aborda o Auto de Guerreiros alagoano. Natural de Arapiraca (AL), doutor em Escrita Criativa pela PUCRS, Cavalcante é um dos 19 escritores da mostra. A exposição segue até 12 de novembro. Siga o autor no Instagram @arthur_escritor.
Em 2024, a escritora, historiadora e pesquisadora Dia Nobre já tem dois lançamentos na agenda. No primeiro semestre, vem seu livro sobre a Beata Maria de Araújo, pela Planeta. E alguns meses depois, o primeiro romance, que sai pela Companhia das Letras.
Começou a pré-venda da obra vencedora do ProAC 2022 de São Paulo. “O Corpo de Laura” é resultado da pesquisa poética que aborda a interação entre escrita e fotografia, em diálogo com a personagem Laura Palmer, da cultuada série Twin Peaks. De autoria de Laura Redfern Navarro, integrante do portal Fazia Poesia, o livro pode ser apoiado e adquirido com 15% de desconto, até 26 de agosto, no site da editora: www.mochoedicoes.com.br.
Escritoras e escritores nascidos ou domiciliados no Rio Grande do Sul podem se inscrever até 31 de agosto no Prêmio da Academia Rio-Grandense de Letras, para livros publicados em primeira edição no ano passado. Nas categorias de poesia, literatura para a infância, narrativa curta, romance, crônicas, obra dramática e tese ou dissertação sobre a literatura no estado. Regulamento disponível no site www.arl.org.br.
Nascido em 20 de julho de 1873 – há 150 anos – Alberto Santos Dumont é celebrado pela Record, com a biografia “Asas da loucura: A extraordinária vida de Santos Dumont”, de Paul Hoffman. O livro resgata a história do aviador brasileiro “que contribuiu de forma decisiva para a modernidade e simbolizou o espírito do século XX”.
A Pallas Editora traz nova edição da obra de Zeca Ligiéro, que completa 30 anos de lançamento este ano. “Iniciação ao Candomblé”, nesta versão, oferece ao leitor “um estudo mais completo para entender o candomblé não apenas como a continuidade de uma única tradição, mas como uma criação multiétnica desenvolvida nas terras baianas”, diz o autor.
Chega ao Brasil o livro de Gayl Jones, “Apanhadora de pássaros”, publicado pela Instante, com tradução de Nina Rizzi. Finalista do National Book Award dos Estados Unidos, no ano passado, a obra escrita entre o fim dos anos 1970 e o início dos anos 1980, com reflexões sobre a criatividade feminina e os preconceitos às mulheres negras no mundo da arte, havia sido publicada antes apenas em alemão. A versão original em inglês, finalista do prêmio, obteve grande repercussão de crítica e público. Para Toni Morrison, Gayl Jones, que vive reclusa e não concede entrevistas, “mudou o rumo da literatura escrita por mulheres negras”.
Com ilustração de J. Borges na capa, a Multifoco lança “A Independência do Brasil em cordel: 200 anos de fatos que mudaram a história”, com organização de Fernando Assumpção. Entre os fatos está a revolução pernambucana de 1817. “É gracioso reler sobre o Dia do Fico, a coroação de Dom Pedro I e a Constituição de 1824, por exemplo, na cadência bonita do cordel”, escreve Monica Ramalho. O livro é fruto de edital do governo do estado do Rio de Janeiro, que convocou, em 2021, artistas para prestarem homenagens aos 200 anos da Independência.
Nesta terça, 1 de agosto, será a aula aberta, online e gratuita com Dalva Maria Soares, antecipando a oficina de leitura sobre as “Primeiras Estórias” de Guimarães Rosa. O livro contém 21 contos curtos, tendo sido lançado seis anos depois de “Grande Sertão: Veredas”. A oficina começa no próximo dia 7 e prossegue até o fim do mês, em quatro encontros, sempre às segundas. Outras informações e inscrições no site: www.sympla.com.br/oastrolabio.
Também na terça, aula aberta, online e gratuita com Dirceu Villa, sobre “Percepção, energia e voz”, a partir das 7 e meia da noite. Nova edição do Laboratório de Poemas com Dirceu Villa tem início no próximo dia 8. Antes, no dia 7, começa a oficina online “Lição de economia: A escrita do conto”, com Sidney Rocha. Informações no site www.acapivaracultural.com.br.
O Centro Cultural Banco do Nordeste (CCBNB) recebe nesta quarta o lançamento do livro “Este que nunca soube dar nome às pedras”, poemas de Renato Pessoa. Com mediação de Eron Moreira, a partir das 7 da noite, no Palco Galeria do CCBNB em Fortaleza.
A Biblioteca Pública Estadual do Ceará – BECE – recebe nesta quarta-feira, dia 2, roda de conversa com a escritora Socorro Acioli, vencedora do Jabuti em 2013, e o escritor e professor Leonardo Tonus, que ensina literatura brasileira na Sorbonne, na França, há mais de 20 anos. Um encontro sobre o tema “A hospitalidade da literatura”, às 18h30, na sede da BECE em Fortaleza.
Na sexta, 4, Beatriz Brandão autografa o romance “Por muitos céus” na Estação NET Botafogo, no Rio de Janeiro. O livro conta a história de uma palestina refugiada que vem para o Brasil. O evento, a partir das 7 da noite, faz parte da mostra de 26 anos da produtora CAVIDEO.
A Feira Literária de Campina Grande – Flic – promove sarau de lançamento na próxima sexta-feira, 4 de agosto. Para apresentar o tema e o cronograma da sexta edição do já tradicional evento na cidade paraibana, marcado para novembro. O sarau terá o espetáculo “Somos Vozes” do coletivo Sonoras, e palco aberto para poesia e dança. No Cineteatro São José, a partir das 7 da noite.
Em agosto, a caixa para assinantes do clube formado pela parceria entre as editoras Fósforo e Luna Parque traz o livro “Paterson”, de William Carlos Williams, com tradução de Ricardo Rizzo, e a plaquete “O mapa do céu na terra”, de Carla Miguelote – que fez aniversário ontem, parabéns!! Para assinar, vá no site www.circulodepoemas.com.br.
Foi no Dia dos Avós, na quarta-feira passada, o lançamento do livro de Antônio Nelson, na Livraria do Jardim, no Recife. “Goiana: do Caranguejo ao Jeep” trata das raízes históricas da cidade pernambucana, e destaca a importância da preservação das tradições locais.