Por Amanda Rainheri, da Coluna Meu Pet
Os casos de coronavírus registrados em diferentes países pelo mundo também têm colocado em alerta tutores de pets. Fotos de cães e gatos com máscaras circulam pela internet, causando pânico entre os criadores de animais de estimação.
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A veterinária Thais Matos separou alguns pontos de atenção e aponta quais medidas são importantes para manter a saúde do seu pet.
Existem diferentes tipos de coronavírus
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o coronavírus é uma ampla família de vírus que podem causar diferentes problemas de saúde, desde resfriados comuns até enfermidades mais graves, como a síndrome respiratório do Oriente Médio (MERS-CoV) e a síndrome respiratório aguda severa (SARS-CoV). Além disso, o primeiro registro em humanos ocorreu na década de 1960.
Essas infecções geralmente apresentam quadros de febre e sintomas respiratórios, como tosse, espirros e dificuldade para respirar. Em casos mais graves, podem causar pneumonia, síndrome respiratória aguda severa, insuficiência renal e até levar à morte.
Algum tipo de coronavírus pode afetar os animais de estimação?
Recentemente, exames em um cachorro em Hong Kong, China, registraram baixo nível de coronavírus, mas ainda não há confirmação se o vírus pode afetar os animais de estimação ou, então, se eles podem transmiti-lo aos humanos. O que se sabe é que na década de 1980 uma espécie de coronavírus canino matou cerca de 80 mil cachorros em São Paulo (BR). Este vírus, porém, não afetava os humanos e tinha outros sintomas: desenvolvia gastroenterite viral canina, falta de apetite, prostração, diarreia e vômitos.
Segundo a veterinária, é importante não entrar em pânico na hora de manter os cuidados essenciais para proteger nossos peludinhos de doenças e vírus: "As medidas de higiene e prevenção são a melhor defesa", comenta Thais Matos.
Máscaras em animais de estimação
Imagens de cães com máscara ganham espaço nas redes sociais e causam pânico entre os pais e mães de pets. Mas, segundo a veterinária, esta medida pode trazer problemas para o animal. "Colocar a máscara no focinho do cão pode fazer o tutor se sentir mais seguro, porém não irá proteger o animal. É melhor se informar com fontes confiáveis, como a OMS, e entender se este tipo de vírus pode afetar os animais para evitar possíveis consequências para a saúde do pet", finaliza a especialista.
Além disso, o coronavírus canino - aquele registrado na década de 1980 - era transmitido por meio das fezes de animais contaminados, sendo o contato fecal-oral a principal via de infecção. Neste cenário, é necessário manter os espaços, roupas, camas e brinquedos do animal de estimação bem limpinhos, alerta a veterinária Thais Matos.
Como posso cuidar no meu pet?
Até o momento, o melhor a se fazer é manter higienizados os locais e os objetos do animal de estimação: "Como não há a confirmação se o animal pode ser infectado pelo novo coronavírus, essa é a melhor recomendação, além da vacinação em dia e de uma boa alimentação, a fim de fortalecer o sistema imunológico do pet", afirma a veterinária.
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