Nem todo mundo sabe, mas é possível criar polvo em um aquário. Para garantir o bem-estar do animal, o tutor precisa saber quais são os cuidados com a alimentação e o ambiente. Conheça os tipos de polvo de aquário e confira os cuidados necessários para criá-los.
O polvo é um animal marinho bastante inteligente. Ele possui três áreas no cérebro que conseguem armazenar memórias e facilitar o aprendizado de várias coisas. O polvo Paul, por exemplo, conquistou muita gente e ficou famoso por acertar previsões de jogos de futebol durante a Copa do Mundo em 2010.
Esse animal marinho tem oito braços com ventosas bem flexíveis. Por isso, o polvo precisa de muito espaço em um aquário para se esticar. Os olhos têm uma visão surpreendente: eles podem ver em 360º - e por isso ficam um pouco debilitados na visualização binocular.
O organismo do polvo conta com mecanismos de defesa peculiares. Ele solta uma tinta densa e com odor quando se sente em apuros; muda a cor desse líquido para se camular; e automutila os braços para “despistar” quando se encontra em casos de perigo extremo e iminente.
Quanto ao método reprodutivo, o polvo opera de uma forma curiosa. O método é sexuado e o macho acaba morrendo após o cruzamento. E a fêmea não se alimenta para proteger os filhotes dos perigos. Depois do nascimento dos filhotes, ela morre por não ter se alimentado.
Qual é o ambiente ideal para o polvo?
Se você pensa em criar um polvo, saiba que, para criá-lo em aquário, ele precisa de um espaço só para ele. Isso porque ele gosta de ficar solitário.
Além disso, o aquário precisa ter uma tampa muito firme e segura porque esses animais tendem a fugir e conseguem se locomover rapidamente graças aos braços.
O ambiente precisa também de adequações quanto à iluminação. O polvo não gosta de muita luz direta - já que isso é totalmente o oposto do oceano. Então, o tutor deve deixar o ambiente meio escuro durante o dia e desligar as fontes de luminosidade durante a noite.
Outro detalhe importante é a oxigenação. O polvo de aquário precisa de muita oxigenação, então a água deve ter um pH de 8,2. O tutor pode utilizar bombas para melhorar ainda mais o ambiente para esses animais - mas deve ter o cuidado de não colocá-las no recipiente.
O aquário deve também parecer com o habitat natural desses animais, com corais, rochas e substratos.
As espécies de polvo de aquário podem diferir em algumas características. Algumas podem crescer muito mais que outras, por exemplo. Nesse caso, é preciso oferecer um ambiente maior.
Quais são os tipos de polvo de aquário?
Antes de providenciar um aquário, é preciso conhecer os tipos de polvo que conseguem viver nesse ambiente. As características são determinantes para definir o aquário ideal.
Minipolvo
O minipolvo tem um tamanho bem reduzido, até na vida adulta. Enquanto outros podem chegar a medir 60 centímetros, ele pode chegar a ter apenas 12 centímetros.
Devido ao seu tamanho, ele é uma das alternativas para quem quer um aquário menor. Mas é importante sempre deixar espaço para ele se locomover.
Não se deixe enganar pelo tamanho: para cuidar desses pequeninos, é preciso ter muito cuidado pois algumas espécies são venenosas. O Polvo de Anéis Azuis, por exemplo, pode matar 20 homens com apenas uma dose da toxina.
Polvo mímico
O polvo mímico ganhou esse nome por causa da sua capacidade de imitar outras espécies e se camuflar em locais diferentes, mudando até de cor. Ele pode chegar a medir 60 centímetros. Criar essa espécie exige mais cuidado e paciência. O polvo mímico adora destruir o habitat onde mora.
Polvo de Dois Pontos da Califórnia
O Polvo de dois pontos da Califórnia precisa de aquário maior, mas não exige tanta manutenção. Essa espécie é bastante simpática e costuma ter um comportamento bem amigável em relação às pessoas.
Como alimentar o polvo?
O polvo de aquário basicamente se alimenta de crustáceos, peixes e invertebrados. O tutor pode optar por sardinha e camarão, por exemplo. Os animais oferecidos podem estar vivos, mas isso pode representar algum perigo ao polvo, então é preciso avaliar a reação dele - ele pode soltar toxinas e morrer porque o ambiente é fechado.
Por serem animais que preferem o escuro, o ideal é alimentá-los à noite.