Uma rata detectora de minas - condecorada por sua bravura no Camboja por ajudar a salvar vidas - morreu, anunciou nesta terça-feira (11) a ONG que a adestrou.
Magawa, uma fêmea de rato-gigante-africano da Tanzânia, ajudou a limpar cerca de 225.000 m2 de terra, o equivalente a 42 campos de futebol, durante seus cinco anos de carreira.
Depois de detectar mais de 100 minas e outros explosivos, o roedor foi aposentado em junho.
Magawa morreu "pacificamente" no último fim de semana aos oito anos, disse a ONG belga APOPO em comunicado.
"Todos nós da APOPO lamentamos a perda de Magawa e agradecemos o trabalho incrível que ela fez", observou o grupo.
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A APOPO disse que Magawa estava saudável e passou a maior parte do fim de semana brincando com seu entusiasmo habitual, mas que começou a mostrar sinais de fadiga no domingo "tirando mais sonecas e com menos apetite".
Atuante na Ásia e na África, a ONG belga treinou Magawa recompensando-a com suas comidas favoritas: banana e amendoim.
Ela foi ensinada a arranhar o chão para sinalizar aos humanos a presença de TNT contido em explosivos.
Essa técnica permite trabalhar muito mais rápido do que com um detector de metais, pois evita confundir minas com sucata.
Com 70cm, Magawa exploava o equivalente a uma quadra de tênis em 30 minutos, tarefa que levaria até quatro dias para um humano equipado com detector de metais.
Em setembro de 2020, Magawa recebeu uma medalha de ouro da Associação de Proteção dos Animais do reino Unido (People's Dispensary for Sick Animals), que premia anualmente um animal por bravura.