Foto: Marcos Pastick/JC Imagem
Um dos motivos da resistência à retirada dos 350 metros da ciclofaixa implantada na Estrada do Arraial não é só pela utilidade do espaço. De fato, 350 metros é pouco para os cinco quilômetros que a CTTU quer deixar. A questão é outra. É simbólica. O que os resistentes argumentam é que o trecho entre as Ruas Cônego Barata e Desembargador Goes Cavalcanti, mesmo pequeno, representa a ligação com um projeto cicloviário maior, que poderia ser implantado facilmente pela Prefeitura do Recife. Bastaria querer. Bastaria decidir abrir espaço para a bicicleta - e que tal para o ônibus também? -, apertando o espaço do automóvel. No lugar de reduzir a ciclofaixa, ampliá-la.
Na proposta, o Cicloação Recife sugere a implantação de mais três quilômetros de ciclofaixas, dessa vez bidirecional (ou seja, mão dupla), para ligar os bairros de Parnamirim, Casa Forte, Casa Amarela e Tamarineira ao Derby, na área central, passando pelas Graças. No Derby, o movimento sugere a construção de um bicicletário, já que na praça funciona duas importantes estações de embarque e desembarque de passageiros do sistema de ônibus. A nova rota cicloviária, entretanto, exige vontade política dos gestores porque passaria por ruas que hoje só têm espaço para o automóvel, inclusive com estacionamentos autorizados dos dois lados.
O percurso começaria a partir do trecho que a CTTU quer desativar, na Estrada do Arraial. Seguiria pela Rua Padre Lemos, pegaria toda a Rua do Futuro (onde o estacionamento autorizado teria que ser desativado), cortaria a Rua Amélia, seguindo pela Rua Esmeraldino Bandeira até chegar à Rua Cardeal Arcoverde, nas Graças. De lá, continuaria até a Praça do Derby.
Confira a ideia na imagem abaixo:
http://goo.gl/maps/fIZLB