Médicos recomendam não falar, inclusive ao telefone, no transporte público para evitar propagação do coronavírus
A recomendação foi dada pela Academia Nacional de Medicina da França e, se vale lá, vale no Brasil também
Em tempos de pandemia, o bate papo no transporte público já não era recomendado. Longas conversas pelo celular também. Mas agora a recomendação ganhou embasamento médico. A Academia Nacional de Medicina da França recomendou que, mesmo usando máscaras de proteção, a população evite falar, inclusive ao telefone, quando estiver nos transportes coletivos. É uma forma de reduzir a propagação do coronavírus. Ou seja, além de lidar com a superlotação nos horários de pico, o passageiro terá que optar pelo silêncio nas viagens.
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A recomendação para evitar falar, inclusive, é embasada nessa lotação dos ônibus, metrôs e trens - que acontece até mesmo na França. “Quando a distância física não pode ser respeitada, deve-se adotar uma precaução muito simples: evitar falar ou telefonar”, conclui o comunicado divulgado pela academia francesa. Tudo isso como precaução contra as novas variantes do vírus da covid-19, mais contagiosas, e que começaram a circular no país. E, se o alerta vale lá, vale aqui.
A medida sugerida pelos médicos se embasa no fato de que, ao falar, emitimos partículas em aerossol que podem contaminar as pessoas que estão em volta. E essa emissão é ainda maior quando as pessoas falam alto, o que é comum no transporte coletivo, especialmente nos trens e metrôs. Médicos ouvidos pela imprensa francesa, no entanto, ponderam que o uso correto das máscaras - mesmo as caseiras - consegue conter a difusão das partículas emitidas em aerossol. Vale lembrar que o uso de máscaras é obrigatório na França em todos os espaços públicos, inclusive no transporte coletivo.