Conheça as Faixas Azuis Metropolitanas, uma solução para os ônibus do Grande Recife
As propostas compreendem quatro corredores que permitiriam a conexão do Recife com Jaboatão e Olinda por faixas exclusivas para circulação dos coletivos
A ideia não é nova, mas teria um efeito bastante positivo para o transporte público por ônibus da Região Metropolitana do Recife. As Faixas Azuis Metropolitanas, a versão metropolitana das Faixas Azuis da capital, conectariam as cidades e representariam um alívio para o passageiro que reside no Grande Recife e precisa entrar e sair do Recife diariamente. Ou vice-versa. Mais prioridade nas ruas e avenidas significaria viagens mais rápidas, menos tempo nos coletivos e, consequentemente, menos risco de contaminação em plena pandemia de covid-19.
Cadê as Faixas Azuis para os ônibus no Recife?
- Faixa Azul em ritmo lento no Recife. Muita promessa e pouca expansão
- Promessa de Faixa Azul nas Avenidas Rui Barbosa e Visconde de Jequitinhonha. E, mais uma vez, na Agamenon Magalhães
- Faixa Azul da Agamenon Magalhães será implantada em junho
- Faixa Azul para ônibus começa a ser implantada na Agamenon Magalhães e entra em operação na terça (16)
- Faixa Azul começa a valer para os ônibus na Agamenon Magalhães
- Faixa Azul para os ônibus será ampliada na Agamenon Magalhães, no Recife
As chamadas Faixas Azuis, nome criado pela gestão municipal do PSB, foram ampliadas no Recife - que chegou a 62 quilômetros em sete anos -, mas sem qualquer conexão com os municípios vizinhos. Ao contrário, a prioridade viária praticamente inexiste nas cidades da RMR. Jaboatão dos Guararapes e Olinda são as únicas a terem pequenos trechos de faixa em três vias, o que é muito pouco. Propostas de conexões metropolitanas, no entanto, não faltam. Mas seguem esbarrando no individualismo das gestões municipais.
CONHEÇA AS PROPOSTAS DAS FAIXAS METROPOLITANAS
Há três anos, a Urbana-PE, o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Pernambuco, tenta emplacar a proposta das Faixas Azuis Metropolitanas, corredores intermunicipais de ônibus que poderiam beneficiar, de cara, 400 mil passageiros. As propostas compreendem quatro corredores que permitiriam a conexão do Recife com Jaboatão e Olinda por faixas exclusivas para circulação dos coletivos. E a um custo baixo, já que a implantação de Faixa Azul é barata: um quilômetro custa, aproximadamente, R$ 20 mil sem fiscalização eletrônica e R$ 40 mil com radares, segundo valores estimados pela Associação Nacional das Empresas de Transportes Urbanos (NTU).
A VANTAGEM DAS FAIXAS AZUIS
Atualmente, menos de 20% dos passageiros da RMR usufruem dos benefícios da priorização viária ao transporte coletivo oferecida pelas faixas exclusivas. E olhe que eles são muitos. Há Faixas Azuis, como a da Avenida Domingos Ferreira, que tem conexão com a da Avenida Antônio de Góes, nos bairros do Pina e de Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, que tiveram ganhos de 118% na velocidade dos coletivos.
Mesmo assim, a ampliação é lenta para a necessidade. Até na capital. Recife tem 2.400 quilômetros de vias e em 650 quilômetros os ônibus circulam por eles. Apenas 62 quilômetros têm algum tipo de priorização na via. Ou seja, de todas as ruas percorridas por ônibus na capital, aproximadamente 5% contam com faixa exclusiva de circulação. Na RMR esse percentual é infinitamente menor e, na maioria das cidades, inexiste.
OS GANHOS DAS FAIXAS AZUIS DO RECIFE