Passagens de ônibus voltam a subir em Pernambuco. Veja novos preços
O reajuste está valendo desde o dia 30/3, mas não foi divulgado pelo Estado. Houve apenas a publicação no Diário Oficial
Desde o dia 30 de março, o governo de Pernambuco aprovou um reajuste de 11,77% nas passagens das linhas intermunicipais que conectam a Zona da Mata, o Agreste e o Sertão pernambucanos.
Embora tenha publicado o reajuste no Diário Oficial, o Estado optou por não fazer divulgação oficial do aumento. Apenas confirmou quando questionado.
O reajuste foi dado pela Empresa Pernambucana de Transporte Intermunicipal (EPTI), gestora dos Serviços Rodoviários Intermunicipais de Transporte de Passageiros do Estado, e aprovado pela Arpe (Agência Reguladora de Pernambuco).
O sistema de transporte intermunicipal de Pernambuco tem 11 empresas que operam 129 linhas nas regiões da Zona da Mata, Agreste e Sertão do Estado.
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Segundo a EPTI, o aumento de quase 12% foi dado após 14 meses e seguiu o IPCA acumulado de janeiro de 2021 a fevereiro de 2022.
APELO POR REAJUSTE AINDA MAIOR
Em fevereiro, logo após o aumento do sistema da RMR, o setor empresarial que opera as linhas intermunicipais pediu um reajuste ainda maior do que o aprovado pela EPTI e Arpe.
Um documento foi entregue a representantes do governo de Pernambuco, no qual o Serpe (Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários de Passageiros do Estado de Pernambuco) pedia um reajuste tarifário de 21,76%.
A proposta, assim como a feita pelos operadores do transporte da RMR, alegava que o percentual era necessário para minimizar os impactos dos constantes aumentos do óleo diesel e a perda de passageiros.
A demanda seguia na casa dos 70% de antes da pandemia de covid-19. O documento citava, ainda, o crescimento do transporte clandestino.
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E lembrava que o último reajuste concedido para o serviço foi colocado em prática em janeiro de 2021, após 41 meses sem alteração no valor da tarifa.
“O aumento de 14,7% no valor das passagens não conseguiu cobrir os prejuízos que as empresas tiveram no período, em virtude dos constantes aumentos dos insumos que compõem a tabela de atualização tarifária. Com isso, o setor se encontra hoje em situação crítica”, relatou, na época, o presidente do Serpe, Elson Souto Filho.