PRAIAS EM PERNAMBUCO: rotas com pedágio fazem a diferença e viram melhor opção para chegar ao Litoral Sul do Estado

A dificuldade financeira para manter a malha rodoviária em boas condições, inclusive, tem feito o governo de Pernambuco - depois de muitos e muitos ensaios - lançar oficialmente no fim de 2021 um pacote de concessões rodoviárias
Roberta Soares
Publicado em 18/09/2022 às 7:14
Embora as rodovias pedagiadas também tenham alguns pequenos problemas - como trechos com muitos desníveis no pavimento - a segurança de trafegabilidade é indiscutível Foto: BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM


Pelo menos no caso do Litoral Sul, utilizar as duas únicas rodovias pedagiadas do Estado é a opção mais segura. Não tenha dúvidas. Pela Rota dos Coqueiros e Rota do Atlântico é possível chegar com mais tranquilidade e segurança ao principal destino turístico do Estado até hoje - a Praia de Porto de Galinhas -, mas também em praias concorridas como Gaibu e Calhetas, por exemplo.

Não é à toa que as duas rotas recebem, em média, 600 mil veículos por mês, 20 mil por dia, e têm, desde o início da operação (2011 e 2014, respectivamente), uma redução superior a 70% dos sinistros de trânsito com vítimas. Além de registrarem um aumento de 25% a 50% na demanda no verão.

Embora as rodovias pedagiadas também tenham alguns pequenos problemas - como trechos com muitos desníveis no pavimento - a segurança de trafegabilidade é indiscutível.

Sem falar na infraestrutura operacional que é oferecida ao motorista e passageiros que usam as rodovias. Mas as rotas não atendem, por exemplo, que vai para Carneiros ou praias como Tamandaré, São José da Coroa Grande e a nova Gravatá, na mesma região.

APOSTA NO PEDÁGIO

A dificuldade financeira para manter a malha rodoviária em boas condições, inclusive, tem feito o governo de Pernambuco - depois de muitos e muitos ensaios - lançar oficialmente no fim de 2021 um pacote de concessões rodoviárias.

Conheça o projeto de pedágio para três rodovias de Pernambuco

O modelo da concessão está pronto e já deveria estar sendo licitado desde o primeiro semestre de 2022. Mas, agora, vai ficar para o próximo governador de Pernambuco. A instabilidade econômica e as eleições provocaram o adiamento da licitação. Agora, a previsão é que os custos sejam atualizados para garantir concorrentes no processo.

CONHEÇA A PROPOSTA DE PEDÁGIO

A PE-60, eixo principal de acesso ao Litoral Sul, está incluída no pacote. A proposta, elaborada pelo BNDES sob coordenação da Secretaria de Planejamento de Pernambuco (Seplag), prevê a cobrança de pedágio em três rodovias estaduais: além da PE-60, a mais famosa; a PE-90, que liga Toritama, no Agreste, ao município de Carpina, na Zona da Mata Norte; e a PE-50, que conecta Limoeiro à BR-232, em Vitória de Santo Antão, também no Agreste pernambucano.

A licitação pública será para as três rodovias que serão concedidas juntas. Ou seja, a futura concessionária assumirá a operação e manutenção das três. Será um pacote de R$ 2,25 bilhões.

O sistema rodoviário que será concedido pelo governo de Pernambuco atravessa 21 municípios, que totalizam uma população de aproximadamente um milhão de pessoas. O maior trecho é o da PE-090, com 107,6 km. Já o trecho da PE-060 tem 86,5 km e o da PE-050 tem 40,5 km.

Do total de recursos previstos para o projeto, R$ 1,13 bilhão serão investimentos nas rodovias e R$ 1,12 bilhão serão serviços prestados aos condutores que usarem as PEs.

No pacote de intervenções, a construção de 80,7km de implantação de multivias (duas pistas com duas faixas de tráfego por sentido com separador físico), e 8,1 km de terceiras faixas.

Também serão construídas 14 pontes e 2 viadutos, alargadas mais 37, e instaladas 53,4 km de novas defensas metálicas. E ainda haverá a implantação de acostamento em mais de 50% do trecho (118 km), 38 dispositivos em interseção (5 retornos em “X”, 11 rotatórias, 20 rotatórias alongadas e 2 trombetas), 18 km de passeios em perímetros urbanos e 86 pontos de ônibus.

DUPLICAÇÃO PARCIAL

As rodovias não serão totalmente duplicadas - é fundamental informar esse detalhe, já que sempre que se fala em estradas pedagiadas, a população associa imediatamente à duplicação.

Pela proposta, a PE-60, por exemplo, terá praticamente metade da extensão em pista dupla - dos 86,5 km, 44,70 km serão duplicados. Além disso, terá o acostamento implantado em 25 km e a terceira faixa em outros 3,6 km. Já a PE-90, a segunda mais importante do pacote de concessões, terá 36,10 km em pista dupla dos 107,6 km que compõem sua extensão.

Também terá acostamento implantado em 53 km e a terceira faixa em outros 4,4 km. A PE-50, por outro lado, não será duplicada nos 40,5 km de extensão. Mas ganhará acostamento em 39 km.

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