Publicado em 05/11/2022 às 16:38
| Atualizado em 05/11/2022 às 18:20
O Brasil já não registra quase nenhum bloqueio de rodovias federais por apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL) inconformados com a derrota à reeleição para a Presidência da República para o ex-presidente Lula (PT). Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), apenas quatro pontos de manifestações ainda acontecem no País neste sábado (5/11).
O balanço oficial da PRF, divulgado às 15h38, era de que a corporação teria desfeito 999 manifestações pelas rodovias federais brasileiras. Os quatro pontos ainda ativos no País já não teriam mais bloqueios das rodovias, apenas interdições parciais.
As interdições que ainda permanecem são em Altamira, no Pará (Norte do Brasil), em Campos de Júlio e Comodoro, no Mato Grosso (Centro-Oeste), e Itaguaí, no Rio de Janeiro (Sudeste).
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OS BLOQUEIOS DE ESTRADAS EM PERNAMBUCO
Em Pernambuco não há mais pontos com interdições. Permanece apenas a manifestação que acontece desde o Feriado de Finados, no Km 7 da BR-232, em frente ao Comando Militar do Nordeste(CMNE), no Curado, Zona Oeste do Recife.
Embora os manifestantes não estejam bloqueando a rodovia, há muito congestionamento na área, principal porta de saída da capital e do Grande Recife para o interior do Estado. Neste sábado (5/11), chegaram a 600 manifestantes, segundo a PRF.
As retenções têm se estendido por vias importantes da Zona Oeste, como a Avenida Abdias de Carvalho (que antecede a BR-232) e a Avenida Caxangá, paralela à Abdias e também via de saída da capital.
JAIR BOLSONARO pede a manifestantes que desobstruam rodovias
REAÇÃO DA PRF
A PRF anunciou operação para liberar estradas na madrugada de terça-feira, após determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os protestos, que incluem pedidos por intervenção militar, ocorrem desde o último domingo, segundo turno das Eleições 2022.
Nesta sexta-feira (4/11), o diretor-geral da PRF, Silvinei Vasques, disse em vídeo publicado nas redes sociais que a corporação faz a maior operação da história para desbloquear as rodovias. A declaração vem em meio a acusações de que a PRF teria sido conivente com os atos antidemocráticos que fecharam vias públicas em todo o País após a eleição de Lula.
No vídeo, Vasques afirma que a PRF é uma instituição de Estado e que precisa garantir "o direito de ir e vir de todo cidadão". De acordo com o dirigente, a corporação suspendeu todas as atividades administrativas para direcionar o efetivo às ações nas rodovias.
"Todos os policiais, desde segunda-feira, estão nas estradas operando. Estamos trabalhando muito. (...) É uma operação complexa (...). É uma situação muito difícil para se operar", explica Vasques. O diretor também agradece ao empenho dos PRFs e dos parceiros que têm ajudado a desmobilizar os pontos, como a Polícia Federal, as forças de segurança pública dos estados e as prefeituras.
Jornalista setorizada em mobilidade urbana há 18 anos. Com 26 anos de redação, cobriu por quase dez anos o setor de segurança pública, atuando também nas editorias de Política, Brasil e Internacional.
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