*Com informações do Estadão Conteúdo
A greve dos pilotos de avião e comissários de bordo continua nesta sexta-feira (23), após o Sindicato Nacional dos Aeronautas (SNA) recusar nova proposta apresentada pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST).
GREVE DOS PILOTOS DE AVIÃO
Parte dos pilotos de avião e comissários de bordo entraram em greve desde a última segunda-feira (19), sempre das 6h às 8h, com propósito de reivindicar aumento real dos salários e melhores condições de descanso.
Devido à greve, os aeroportos orientam que os passageiros entrem em contato com as companhias aéreas para confirmar se os voos agendados realmente irão acontecer.
GREVE AEROPORTO BRASIL
Por volta das 7h40 desta sexta-feira (23), foram registrados atrasos devido à greve nos seguintes aeroportos:
- Congonhas (São Paulo; 4 voos);
- Santos Dumont (Rio de Janeiro; 8 voos);
- Fortaleza (1 voo);
- Porto Alegre (1 voo).
Além disso, foram registrados voos cancelados em:
- Congonhas (7 voos);
- Santos Dumont (4 voos);
- Porto Alegre (3 voos);
- Confins (Belo Horizonte; 1 voo);
- Viracopos (Campinas-SP; 1 voo).
Os Aeroportos de Guarulhos, em São Paulo, Rio-Galeão e Brasília não registravam atrasos ou cancelamentos.
COMO ESTÁ A GREVE DOS AEROPORTOS?
Muitas pessoas pesquisam sobre como está a greve dos aeroportos, porém, é importante ressaltar que a greve não é própria dos aeroportos, mas sim dos aeronautas.
Hoje (23), as paralisações nos aeroportos do País devido à greve dos pilotos de avião e comissários de bordo continuam, e voos foram impactados.
GREVE AEROPORTO VIRACOPOS
Nesta sexta-feira (23), o aeroporto de Viracopos, em Campinas (SP), teve um voo cancelado, devido à greve dos pilotos e comissários.
GREVE PILOTOS E COMISSÁRIOS 2022
A nova proposta recusada pelo SNA previa reposição de 100% da inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), mais aumento real de 1%. Por determinação do TST, a greve pode atingir somente 10% dos funcionários das empresas.
O sindicato afirma que a determinação está sendo cumprida e o movimento ocorre dentro da legalidade.
O SNA aponta que decidiu pela greve "tendo em vista os altos preços das passagens aéreas que têm gerado crescentes lucros para as empresas". A categoria também reivindica que as empresas "respeitem os horários de início e de término das folgas e que não programem jornadas de trabalho de mais de três horas em solo entre duas etapas de voo".
O Sindicato Nacional das Empresas Aeroviárias (SNEA) alega que o preço das passagens aéreas foi fortemente impactado por conta da pandemia e que houve aumento dos custos para as companhias - as quais, segundo o sindicato patronal, acumulam prejuízo.
Em nota divulgada na quinta-feira, 22, antes da votação da nova proposta pelo Sindicato Nacional dos Aeronautas terminar, o SNEA ressaltou que negocia desde outubro com o SNA, "para preservar os direitos dos tripulantes, estendendo a validade da CCT vigente até o fim das negociações, e garantir as viagens aéreas dos passageiros, especialmente durante a alta temporada."