Na manhã desta terça-feira (11) os motoristas da empresa Caxangá realizaram um ato em protesto. Cerca de 300 trabalhadores paralisaram as atividades no início do dia.
A partir das 6h30 (horário de Brasília), uma assembleia deve ocorrer para definir detalhes da mobilização da categoria.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, nenhum ônibus saiu das garagens da empresa Caxangá, nos bairros de Peixinhos e Jardim Brasil, em Olinda, durante o ato.
A Caxangá informou que os serviços foram normalizados às 07h40.
MOTIVO DA PARALISAÇÃO DOS MOTORISTAS DA EMPRESA CAXANGÁ
Os trabalhadores de ônibus realizaram protestos no Recife em 2020 contra o fim da dupla função nos ônibus.
Os trabalhadores reclamam que a empresa Caxangá teria realizado desconto indevido na folha de pagamento de julho. "Ao menos 100 motoristas tiveram a folha de pagamento com valores descontados", segundo o sindicato.
Ainda segundo o sindicato, a prática foi adotada também pelas empresas Metropolitana e Borborema.
Confira o posicionamento da Rodoviária Caxangá
"A Rodoviária Caxangá informa que, na madrugada desta terça-feira (11), o Sindicato dos Rodoviários impediu ilegalmente a saída da frota da empresa, comprometendo a operação de 45 linhas e prejudicando a população que depende delas. A paralisação ocorreu sem qualquer aviso ou tentativa de diálogo prévio por parte do sindicato.
A Caxangá explica que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) publicou um acórdão no mês de maio deste ano declarando abusividade de paralisações realizadas nos dias 21 e 28 de setembro e 13 de outubro de 2020, atestando motivação política e destacando irregularidades, como o descumprimento da Lei 7.783/1989, que exige aprovação do movimento pela categoria em assembleia, garantia de serviços essenciais e comunicação prévia. O acórdão também determina a compensação das horas referentes às paralisações irregulares.
A Caxangá não poupou esforços para que a operação fosse retomada e informa que os serviços foram normalizados às 07h40. A empresa informa ainda que tomará todas as medidas cabíveis para que situações como essa, que também descumprem a Lei 7.783/1989, não se repitam e que continuem provocando transtornos aos nossos clientes."