O Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana anunciou a paralisação dos ônibus da Empresa Metropolitana nesta quinta-feira (13).
Usuários do Terminal Integrado da Macaxeira encontram dificuldades para conseguir transporte por conta da paralisação.
Na última terça-feira (11) um ato de protesto foi realizado por motoristas da empresa Caxangá. Cerca de 300 trabalhadores participaram da paralisação.
O metrô do Recife também está paralisado nesta quinta-feira (13), em um ato contra a possível privatização da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU).
MOTIVO DA GREVE DO ÔNIBUS NO RECIFE
O Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana explicou, por meio de nota, que a paralisação dos ônibus da Empresa Metropolitana é motivada pelos valores descontados da folha de pagamento de diversos trabalhadores.
Os valores foram descontados por conta das paralisações que aconteceram em 2020. A Empresa Metropolitana, porém, não informou quem eram os trabalhadores que participaram dos atos em 2020, nem em quais dias e por quanto tempo ficaram paralisados.
O Sindicato alega que os descontos da folha de pagamento são ilegais.
"Os descontos ilegais têm como único objetivo enfraquecer a luta da categoria em plena campanha salarial. É uma provocação e um desrespeito, pretendem jogar os trabalhadores contra o sindicato.
Portanto, estamos aqui exigindo a devolução imediata dos valores descontados e avisando a Metropolitana e as demais empresas representadas pela URBANA que não aceitaremos provocações e não retrocederemos dessa luta", diz a nota do sindicato.
ÔNIBUS AFETADOS PELA PARALISAÇÃO
Confira quais são as linhas da Empresa Metropolitana afetadas pela paralisação nesta quinta-feira (13):
- 101 Circular (Cde. Boa Vista) Rua do Sol;
- 102 T.I.Santa Luzia/IBURA;
- 104 Circular (IMIP);
- 106 T.I. Santa Luzia/Parque Aeronáutica;
- 107 Circular (Cabugá / Prefeitura);
- 108 T.I. Barro/Ceasa;
- 115 TI Aeroporto/ TI Afogados;
- 116 Circular (Príncipe);
- 117 Circular (Prefeitura / Cabugá);
- 128 T.I. Barro/UR-03 (Milagres);
- 138 Zumbi do Pacheco/T.I. Tancredo Neves;
- 144 UR04/T.I. Tancredo Neves;
- 149 Zumbi do Pacheco/T.I. Cavaleiro;
- 200 T.I. Jaboatão (Parador);
- 202 T.I. Barro/T.I. Macaxeira (Várzea);
- 203 T.I. Barro/Zumbi do Pacheco (Lot.);
- 205 T.I. Barro/UR-05 (BR-101);
- 207 T.I. Barro/T.I. Macaxeira (BR-101);
- 209 T.I. Barro/Coqueiral;
- 211 Vila Tamandaré;
- 212 Jardim São Paulo (Afogados);
- 220 T.I. Jaboatão/T.I. Cavaleiro;
- 221 Vila Cardeal e Silva;
- 222 Jardim Uchôa;
- 232 Cavaleiro;
- 242 Pacheco (Floresta);
- 243 Vila Dois Carneiros;
- 244 Alto do Vento/T.I. Cavaleiro;
- 245 Dois Carneiros/T.I. Cavaleiro;
- 250 T.I. Jaboatão/Santo Aleixo (Luz);
- 251 T.I. Jaboatão/Santo Aleixo (Rios);
- 252 Vila Rica/T.I. Jaboatão;
- 255 Quitandinha/T.I. Cavaleiro;
- 256 Lot. Nova Esperança/T.I. Cavaleiro;
- 261 Vila Piedade/T.I. Jaboatão;
- 262 Malvinas/T.I. Jaboatão;
- 272 Colônia/T.I. Jaboatão;
- 274 T.I. Jaboatão/Lote 56;
- 311 Bongi (Afogados);
- 312 Mustardinha;
- 313 San Martin (Abdias de Carvalho);
- 314 Mangueira;
- 315 Bongi;
- 321 Jardim São Paulo (Abdias de Carvalho);
- 324 Jardim São Paulo (Piracicaba);
- 409 Curado IV/ Barra de Jangada;
- 412 San Martin/T.I. Getúlio Vargas;
- 424 Cdu/Torrões/San Martin;
- 1409 Curado I/Barra de Jangada.
EMPRESA METROPOLITANA EMITE NOTA
A empresa Metropolitana emitiu uma nota sobre a paralisação dos trabalhadores de ônibus nesta quinta-feira (13):
"A Empresa Metropolitana informa que na madrugada desta quinta-feira (11) o Sindicato dos Rodoviários, articulado com o Sindicato dos Metroviários, impediu ilegalmente a saída da frota da empresa, comprometendo a operação de 52 linhas e prejudicando toda a população usuária do serviço. A paralisação ocorreu sem qualquer pré-aviso e agride não só o direito dos usuários do transporte público como toda a legislação que regulamenta o direito de greve e de prestação de serviços essenciais.
A Metropolitana destaca que rodoviários participaram da assembléia realizada ontem pelos metroviários. A articulação entre o Sindicato dos Metroviários e o Sindicato dos Rodoviários para impedimento da prestação de serviço por ônibus comprova a motivação política do movimento e o descaso com a população e a economia local.
Sobre o suposto argumento apresentado pelo Sindicato dos Rodoviários para realizar as paralisações desta semana, a Metropolitana reitera que o Tribunal Superior do Trabalho (TST) julgou o dissídio coletivo referente às paralisações ilegais promovidas pelo sindicato em 2020, considerou a greve abusiva e autorizou a COMPENSAÇÃO das horas paradas dos trabalhadores envolvidos na referida greve que foi promovida com violação à Lei 7.783/1989.
Em estrito cumprimento ao acórdão do TST, a empresa COMPENSOU a quantidade de horas não trabalhadas, apenas dos empregados que promoveram a suspensão dos serviços na greve considerada abusiva pela Corte Superior do Trabalho, o que demonstra que a ação do sindicato em impedir a saída da frota da Empresa Metropolitana é a repetição de mais uma ilegalidade e de evidente abuso de direito. A empresa destaca ainda que apenas 39 dos 550 motoristas precisaram compensar horas não trabalhadas.
A Metropolitana tomará as medidas cabíveis para evitar que eventos como este de hoje, que também descumprem a Lei 7.783/1989, continuem provocando transtornos aos nossos clientes."