Os Metroviários decidiram, na noite desta terça-feira (25), pela adesão à paralisação de 48 horas em conjunto com os rodoviários, como forma de protesto pela melhoria do transporte na Região Metropolitana do Recife e pela valorização profissional. Portanto, não haverá metrô nestas quarta-feira (26) e quinta-feira (27).
Durante a assembleia da categoria ficou definido que nas próximas 48 horas não haverá atendimento no Metrô do Recife.
As reivindicações incluem o reajuste do piso salarial, cláusulas garantindo a estabilidade dos empregos e a realocação dos funcionários para outro órgão, caso o metrô do Recife seja privatizado. Todos esses pontos estão previstos no Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2023/2025.
A proposta é que a CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) cumpra o compromisso da minuta do acordo assinado em ata no dia 19 de junho deste ano. Segundo o sindicato, caso queiram retomar as negociações, devem encaminhar um ofício solicitando a reabertura das negociações e a apresentação de uma nova proposta do ACT.
Outra solicitação é que o Governo Federal retire a CBTU do Programa Nacional de Desestatização (PND), cumprindo a promessa feita pelo presidente Lula durante a campanha eleitoral, de não desestatizar nenhuma empresa pública.
Luiz Soares, presidente do Sindmetro-PE, cobrou a retirada da CBTU do PND. “O Governo Lula defende a soberania nacional e a importância das empresas públicas, incluindo a CBTU, que sempre prestou um serviço de excelência à população. O governo Lula não pode se igualar ao governo Bolsonaro, que sucateou a empresa com o intuito de vendê-la. Nós elegemos o presidente Lula e se opõem à privatização do metrô. Quanto ao acordo, a empresa deve cumprir o que foi acordado e dialogar com a categoria. A luta é pelo direito de todos os trabalhadores”, afirmou.
É a segunda vez neste mês que os metroviários decidem paralisar o sistema do Metrô do Recife. No dia 13 de julho, também em assembleia, a categoria decidiu fazer uma paralisação de 24 horas em protesto para que suas reivindicações fossem atendidas.
O sindicato informa que também se disponibilizou para conversar com a empresa, buscando um acordo entre as partes. No entanto, a empresa manteve a mesma conduta e não ouviu os trabalhadores, o que resultou em uma nova paralisação nesta semana.