Nesta sexta-feira (29), o Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região divulgou uma liminar direcionada ao governo de São Paulo, que determina o funcionamento de 100% do metrô nos horários de pico.
A paralisação do metrô foi anunciada para acontecer no dia 3 de outubro pelos trabalhadores e trabalhadoras da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). Essa greve também conta com o apoio dos funcionários da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e tem como objetivo protestar contra a privatização e lutar por melhores condições de trabalho.
De acordo com a administração do atual governador, Tarcísio de Freitas (Republicanos), diversas concessões públicas para o metrô já foram criadas até 2025. Isso levanta preocupações entre os trabalhadores do setor, que temem o desligamento de funcionários, uma possível redução na qualidade dos serviços e até mesmo um aumento nas tarifas.
GREVE DOS METROVIÁRIOS
Segundo informações do Metrópoles, o desembargador Celso Ricardo Peel Furtado de Oliveira, determinou através da limiar, que o metrô de São Paulo funcione de forma integral das 6h às 9h e das 16h às 19h e 80% nos demais períodos, sob pena de multa de R$ 500 mil.
“Entendo que, atualmente, o serviço prestado pela requerente é de vital importância à Sociedade Paulista que se locomove pela Grande São Paulo, servindo o Metrô como ‘coluna vertebral’ da distribuição do transporte público e, portanto, a precária atividade afetaria inclusive a outros tantos ramos importantes da sociedade, hospitais, segurança pública, escolas, etc, dado que o tráfego de automóveis na capital já se encontra há muito saturado”, afirma Celso.
Segundo o Sindicato dos Metroviários, nesta segunda-feira (2) será realizada uma 'autoassembleia', com o intuito de debater a paralisação e realizar uma votação simbólica.
QUAL O MOTIVO DA GREVE?
Segundo informações do Brasil de Fato, a greve unificada pelos trabalhadores do metrô, Sabesp e CPTM é mais um passo na luta desses trabalhadores de transporte público e saneamento em busca de melhores condições de trabalho. Desta forma, até o dia 5 de novembro, serão organizados plebiscitos populares para debater com cerca de 1 milhão de pessoas as propostas de privatização da linha.
"O que nós temos hoje no Estado de São Paulo é um projeto, que está sendo implementado pelo governador Tarcísio, que ataca todos os serviços públicos, em especial os serviços essenciais, como água, saneamento e transporte coletivo. Então, a partir desse entendimento, como a CPTM e o metrô de São Paulo estão no centro do ataque, nós construímos uma unidade", Informou o presidente do Sintaema, José Antonio Faggian.