Trânsito, transportes e mobilidade urbana, com Roberta Soares

Mobilidade

Por Roberta Soares e equipe
TRÂNSITO

BR-232 terá novo desvio de trânsito no fim de semana. Veja as mudanças

Interdição será necessária, segundo o governo de Pernambuco, para concluir a demolição de uma passarela de pedestre no km 8

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Roberta Soares

Publicado em 28/02/2024 às 11:55 | Atualizado em 28/02/2024 às 12:46
Segundo o DER, a ação será necessária para que o vão central da passarela seja demolido por completo - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Motoristas e passageiros do transporte público que achavam que, depois de mais de um ano sofrendo com os congestionamentos resultantes das obras de alargamento da BR-232 no acesso do interior do Estado ao Recife, na Zona Oeste da capital, ficariam livres dos transtornos, devem se preparar.

O Departamento de Estradas de Rodagem (DER-PE) informou que a rodovia terá novos desvios para viabilizar a continuação das obras de demolição da passarela de pedestres localizada no km 8 e que já provocou outros transtornos na circulação da via. Entre às 20h do sábado (02/3) e às 6h do domingo (3), o trânsito da pista principal será desviado para as vias laterais.

Segundo o DER, a ação será necessária para que o vão central da passarela seja demolido por completo. E, mesmo assim, o órgão já alerta que outras interdições pontuais ainda serão necessárias até junho, como previsto no cronograma da obra de triplicação. Inicialmente, a conclusão dos trabalhos seria em abril, mas houve atrasos.

LOMBADA FÍSICA FOI INSTALADA NO TRECHO E RETIRADA APÓS RECLAMAÇÕES

Na semana passada, o DER-PE instalou uma lombada física nas imediações do km 8 para viabilizar a demolição da mesma passarela. Mas foram tantas reclamações dos condutores e passageiros que o órgão retirou o equipamento e o substituiu por um sistema eletrônico de controle de velocidade de 50 km/h - BRUNO CAMPOS/JC IMAGEM

Na semana passada, o DER-PE instalou uma lombada física nas imediações do km 8 para viabilizar a demolição da mesma passarela. Mas foram tantas reclamações dos condutores e passageiros que o órgão retirou o equipamento e o substituiu por um sistema eletrônico de controle de velocidade de 50 km/h.

Na época, o DER-PE explicou que decidiu implantar a lombada física devido à interdição e demolição da passarela e para garantir a segurança dos pedestres que usavam o equipamento. E que era uma ação emergencial. Não explicou, entretanto, porque desde o começo não pensou numa fiscalização eletrônica no lugar da lombada física ou na instalação de uma passarela provisória.

 

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ENTENDA A OBRA NA BR-232

A BR-232 ganhou uma terceira faixa no sentido Recife-Interior e outra no sentido contrário (Interior-Recife). A perspectiva do governo do Estado é que a adequação da capacidade viária do trecho rodoviário reduza o tempo de viagem nos 6,7 quilômetros em 58%, passando dos atuais 60 minutos para 25 minutos.

Números do Estado apontam que são 67 mil veículos circulando apenas naquele trecho e 28 mil pessoas passando no transporte público coletivo operado por 13 linhas de ônibus. No total, são 4 milhões de usuários contínuos no trecho, também segundo o Estado. A obra foi iniciada na gestão PSB com orçamento previsto de R$ 99,8 milhões, mas depois, já na gestão PSDB, foi verificado a necessidade de um aditivo de mais de R$ 50 milhões.

Além da recuperação do pavimento - que foi de concreto nas pistas principais e centrais (onde o tráfego é mais pesado) e de CBUQ (asfalto) nas vias locais (onde o tráfego é menos pesado) -, o projeto de adequação viária da BR-232 na saída do Recife promete deixar a área urbanizada, integrada com o transporte coletivo e acessível aos modais ativos (bicicletas e pedestres).

Para isso, será implantada uma ciclovia ao longo dos 6,8 km do trecho, localizada sempre na margem sul da rodovia (do lado do Jardim Botânico do Recife). Baias para os ônibus nos 15 pontos de embarque e desembarque, sinalização horizontal e vertical para garantir a travessia dos pedestres, e uma nova iluminação em LED também serão instaladas.

A readequação prevê a construção de duas alças em nível - sem ser elevadas, o que puxou o valor da obra para baixo -, para retorno dos veículos - algo difícil de ser feito atualmente. E, ainda, a requalificação e construção de três passarelas no trecho.

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