O governo de Pernambuco, gestor do transporte público por ônibus da Região Metropolitana do Recife, segue realizando testes de combustíveis sustentáveis. O ônibus movido a Gás Natural Comprimido (GNV) que estava em teste em uma linha operada pelo Consórcio Conorte, no serviço que atende ao Norte do Grande Recife, passou a operar na conexão Sul-Norte da RMR.
Nesta segunda-feira (03/6), a operação experimental começou na linha 2060 - TI Tancredo Neves/TI Macaxeira, operada pela concessionária Mobibrasil. Não é a primeira vez que ônibus movidos a fontes de energia renováveis são testados na Região Metropolitana do Recife sem resultar em mudanças efetivas para o passageiro. Isso porque o custo das novas tecnologias nunca convence os operadores e gestores do sistema de transporte.
Mas, diante da grave crise climática mundial, talvez os testes resultem em alguma mudança. Oficialmente, o Estado diz que os testes têm como objetivo reduzir as emissões de poluentes e aumentar a eficiência energética utilizando fontes de energia renováveis no setor de transporte público de passageiros.
Os testes são uma parceria do governo de Pernambuco, via Secretaria de Mobilidade e Infraestrutura (Semobi), Grande Recife Consórcio de Transporte – CTM e a Companhia Pernambucana de Gás – Copergás, com Mobibrasil.
ENTENDA O TESTE DO ÔNIBUS A GÁS
O novo ônibus funciona com gás metano. Isto significa que tanto o Gás Natural Comprimido (GNC) como o biometano podem ser utilizados paralelamente, o que torna a troca de um para o outro uma transição simples e fácil. Ambos estão disponíveis tanto na forma de gás comprimido como de gás liquefeito. O ônibus a gás emite até 20% a menos CO2 (dióxido de carbono) que um modelo equivalente a diesel. Além disso, a redução de emissão de óxidos de nitrogênio (NOx) beira 90% e a de material particulado, 85%.
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Segundo o governo do Estado, o teste tem como meta viabilizar, no futuro, a modernização da frota de ônibus da RMR, reduzindo as emissões de poluentes e aumentando a eficiência energética.
Para o diretor-presidente do CTM, Matheus Freitas, “uma frota à base de GNC tanto diminuiria a emissão de gases de efeito estufa no ambiente urbano, como também poderia ser uma solução para aumentar a eficiência energética do sistema, além de promover menor dependência de combustíveis fósseis e redução dos resíduos. O modelo em teste tem capacidade para transportar 86 passageiros. Se a experiência se mostrar exitosa, poderemos ampliar essa iniciativa”, afirmou.