Quem circula pelo Centro do Recife terá que ter ainda mais paciência porque a interdição da Ponte 12 de Setembro, mais conhecida como Ponte Giratória, vai demorar muito ainda. A patologia identificada na estrutura da ponte é tão séria que a gestão municipal terá que realizar uma nova licitação para as correções específicas necessárias ao equipamento.
A única previsão informada pela Prefeitura do Recife é de que essa licitação pública será lançada no próximo semestre. Nada mais. Por nota, a Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) explicou que o serviço terá que ser contratado porque não poderia ser realizado pela empresa contratada anteriormente.
“A Emlurb explica que a equipe de engenharia do órgão realizou novas inspeções na estrutura da Ponte 12 de Setembro, mais conhecida como Ponte Giratória, para a identificação de problemas na estrutura, realizando ensaios mais detalhados”, diz.
E segue: “Após esse procedimento, foram identificadas patologias que necessitam de reparos específicos, razão pela qual o órgão precisará lançar outra licitação para a resolução dessas patologias e dar seguimento às obras de restauração da ponte. A nova licitação deverá ser lançada no segundo semestre deste ano”, finaliza sem informar uma data exata.
INTERDIÇÃO TEM QUASE DOIS ANOS E GERA IMPACTOS NO TRÂNSITO DO CENTRO
A Ponte Giratória foi interditada parcialmente em outubro de 2023 e posteriormente fechada completamente ao tráfego de veículos e até de pedestres. A intervenção na ponte, entretanto, teve início em 2022.
Mas só em 2023 os trabalhos identificaram a patologia na infraestrutura da passagem elevada. Foram meses de análise para orientar a gestão municipal sobre as soluções a serem adotadas.
A Ponte Giratória liga o Bairro de São José ao Bairro do Recife, conectando a Avenida Alfredo Lisboa e o Cais da Alfândega ao Cais de Santa Rita. O investimento inicial na recuperação da estrutura foi de R$ 9,4 milhões e os principais serviços foram executados na parte inferior do tabuleiro da ponte, com a remoção da camada de nata de cimento, de modo a garantir a aderência do concreto de recomposição da seção estrutural, ancoragem da tela soldada em aço e posterior aplicação de revestimento de concreto projetado para recomposição da seção da célula/laje.
O impacto do fechamento da ponte é grande na mobilidade do Centro, principalmente para quem entra ou sai para a Zona Sul da cidade. E tem sido ampliado devido às obras simultâneas de construção do Novohotel, o Hotel-Marina, e o Expo Center Recife, o primeiro centro de convenções do Recife, no Cais de Santa Rita.
Além do afunilamento das faixas de circulação há meses, a região está perigosa e sem qualquer planejamento para a circulação de pedestres e ciclistas. Nem as construtoras cuidaram, nem a Prefeitura do Recife exigiu.