Mobilidade urbana: governo identifica mais de 400 projetos de transporte público metropolitano no País, que totalizam R$ 600 bilhões em investimentos
Levantamento foi feito pelo BNDES e o Ministério das Cidades e é relativo a projetos de mobilidade urbana de média ou alta capacidades

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério das Cidades divulgaram nesta quarta-feira (12/3) que foi identificado no País um pacote de projetos de transporte público coletivo metropolitano que totaliza mais de 400 iniciativas de mobilidade urbana de média ou alta capacidades. O pacote representaria um investimento superior a R$ 600 bilhões nas 21 maiores regiões metropolitanas brasileiras.
Entre os modais de transporte de média e alta capacidade contemplados, estão projetos de metrôs, trens, Veículos Leves sobre Trilhos (VLTs) e Bus Rapid Transit (BRTs). Os dados analisados farão parte do primeiro banco de projetos de transporte coletivo de média ou alta capacidades (TPC-MAC) do País. O banco deverá ser composto por dezenas de projetos, identificados como prioritários para essas 21 regiões metropolitanas.
“Quando concluirmos esse estudo, teremos um mapa que vai orientar nossas cidades na direção de um futuro mais verde e sustentável. Buscamos reduzir o tempo que as pessoas levam para ir e voltar ao trabalho, longe da família. Essa melhoria no ambiente urbano também deve trazer benefícios ao meio ambiente como um todo, com a redução das emissões de gases do efeito estufa”, declarou Luciana Costa, diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES.
CONCLUSÃO DO LEVANTAMENTO SOMENTE EM DEZEMBRO
Entre abril e junho, devem ser concluídas as análises para as 21 regiões metropolitanas. O resultado final, incluindo informações detalhadas sobre os projetos e a metodologia de priorização, será conhecido até dezembro. Até lá, serão divulgados resultados parciais com a análise dos projetos identificados.

Resultados do diagnóstico apresentados no Boletim mostram como a mobilidade urbana está organizada em cada uma das regiões estudadas. A publicação traz aspectos como planejamento, transparência, cobertura do transporte público coletivo (TPC), níveis e integração tarifária, quantidade de emissões de poluentes e segurança no trânsito.
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GESTÃO METROPOLITANA DO TRANSPORTE PÚBLICO
O estudo revelou que apenas as regiões metropolitanas de Goiânia (GO), Vitória (ES) e Recife (PE) tratam o transporte público de forma integrada. Nessas regiões metropolitanas, estados e municípios se associaram para tratar o transporte público de forma integrada na metrópole. Um resultado disso é que, nas duas primeiras, o usuário do serviço paga uma tarifa integrada com preço único.
Outro aspecto relatado na publicação é que São Paulo (SP) e Belo Horizonte (MG) são as únicas cidades do Brasil que divulgam na internet informações completas, com dados operacionais. O Rio de Janeiro, por sua vez, é a única região metropolitana em que mais de 30% da população reside a menos de 1 km das estações de transportes públicos coletivos de média e alta capacidade (TPC-MAC).
As localidades contempladas pelo estudo abrangem as seguintes regiões metropolitanas: Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Santos, Campinas, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Vitória, Goiânia, Distrito Federal, Salvador, Maceió, Recife, João Pessoa, Natal, Teresina, São Luís, Fortaleza, Belém e Manaus.