Por Carlyle Paes Barreto, da Coluna Planeta Bola
Sem competições esportivas, especialmente jogos de futebol, o brasileiro direcionou seu hábito de torcer à única disputa possível, além da tradicional luta entre adoradores e odiadores do presidente Jair Bolsonaro: o Big Brother Brasil. Reality show que vinha perdendo a graça, mas que ressurgiu com a escolha de famosinhos e, principalmente, com o isolamento social das pessoas. Turbinando a audiência do problema e mostrando o que há de pior nos torcedores.
Nem as melhores novelas levaram a tal e engajamento. Formando torcidas nacionais pelo grupinho das meninas superpoderosas ou pela dupla dinâmica que consegue equilibrar uma competição com desigualdade numérica. E quase sempre, apontando erros ou exagerando nas críticas contra o outro lado. mais que isso: mostrando com as redes sociais seguem tóxicas, mesmo sem a paixão do futebol para servir de atenuante.
Mostrando que o torcedor brasileiro, seja ele o da arquibancada ou do sofá, é mal educado. Que lamenta e aponta o dedo para ultras, para organizadas. Mas a selvageria, a intolerância é semelhante, multiplicada a cada tuitada, em postagem no Face, nos grupos de whats app.
A noite desta terça é de eliminação no BBB. Com Prior, Manu e Mari na "disputa de suas vidas", com os nervos à flor da pele. E com a turma do ódio com os dedos nervosos. Votando e malhando adversários. Como em campos de futebol.
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