O país vive um clima que gravita entre a ilegalidade, o pouco caso e a clandestinidade.
Vamos tomar como exemplo a acertada decisão de muitos governos municipais que fecharam a orla marítima, os locais de concentração que no passado eram reservados para a comemoração da virada do ano.
Acontece que sem esses espaços de festas ao ar livre, milhares de pessoas estão buscando incessantemente as festas clandestinas e que de clandestinas não têm quase nada, até porque muitas delas são anunciadas nas redes sociais da internet.
E o que faz o poder público? Fecha os olhos. Ignora.
Está certo, eu sei que só em estar vivo, em ter sobrevivido até aqui à pandemia que já matou perto de 190 mil brasileiros, já é um alívio, mas o que pesa contra é a certeza de que as aglomerações, um copo a mais de cerveja, a máscara fora do lugar e corre-se o risco de que o “reveillon” só termine dias depois, num leito de hospital.
Talvez fosse prudente fazer um apelo: espere só mais alguns meses para comemorar! Que tal a festa da chegada da vacina para a Covid-19?
Pense nisso!