Próximo ao réveillon, Brasil vive clima que oscila entre a ilegalidade, o pouco caso e a clandestinidade

Leia a opinião de Romoaldo de Souza
JC
Publicado em 30/12/2020 às 7:32
A tradicional festa da virada, em Copacabana, foi cancelada por conta da pandemia da covid-19; festas de réveillon clandestinas, no entanto, vêm sendo divulgadas nas redes sociais por todo o país, mesmo com a crescente no número de casos e mortes por coronavírus Foto: Foto: Nielmar de Oliveira/ Agência Brasil


O país vive um clima que gravita entre a ilegalidade, o pouco caso e a clandestinidade.

Vamos tomar como exemplo a acertada decisão de muitos governos municipais que fecharam a orla marítima, os locais de concentração que no passado eram reservados para a comemoração da virada do ano.

Acontece que sem esses espaços de festas ao ar livre, milhares de pessoas estão buscando incessantemente as festas clandestinas e que de clandestinas não têm quase nada, até porque muitas delas são anunciadas nas redes sociais da internet.

E o que faz o poder público? Fecha os olhos. Ignora.

Está certo, eu sei que só em estar vivo, em ter sobrevivido até aqui à pandemia que já matou perto de 190 mil brasileiros, já é um alívio, mas o que pesa contra é a certeza de que as aglomerações, um copo a mais de cerveja, a máscara fora do lugar e corre-se o risco de que o “reveillon” só termine dias depois, num leito de hospital.

Talvez fosse prudente fazer um apelo: espere só mais alguns meses para comemorar! Que tal a festa da chegada da vacina para a Covid-19?

Pense nisso!

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