OPINIÃO

Com as salas de aulas fechadas, o Brasil estará andando de marcha à ré em todos os sentidos

Para a maioria dos deputados que analisam e aprovaram um projeto de lei, educação básica e superior são serviços essenciais e, como tal, não podem ser interrompidos durante a pandemia. Leia a opinião de Romoaldo de Souza

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Romoaldo de Souza

Publicado em 29/04/2021 às 6:48 | Atualizado em 29/04/2021 às 6:57
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No Dia da Educação, o que mais ouvi na Câmara dos Deputados, na última quarta-feira, foi uma pergunta que se analisada ao pé da letra, pareceu-me sem sentido. Educação é essencial?

Para a maioria dos deputados que analisam e aprovaram um projeto de lei, é. Educação básica e superior são serviços essenciais e, como tal, não podem ser interrompidos durante a pandemia.

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O movimento sindical dos professores é contra a medida. Ainda que as manifestações estejam proibidas nas imediações do Congresso Nacional, a confederação da categoria se apropriou das redes sociais, e nesse período em que a maioria dos parlamentares não vem a Brasília, despachou mensagens criticando o projeto sob a alegação da falta de condições dos educadores de trabalharem, sabendo-se que a maioria está longe de ser vacinada. Como quase todos os brasileiros estão aguardando serem imunizados.

Para defender a retomada imediatamente dos estudantes e professores à sala de aula, eu recorro ao educador pernambucano Paulo Freire (1921 — 1997), nesse momento que o país passa por necessidades de fazer profundas transformações sejam de convivência, de valores de cidadania e até de conhecimento.

“Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem ela tão pouco a sociedade muda”. Com as salas de aulas fechadas o país estará andando de marcha à ré em todos os sentidos.

Pense nisso!

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