"Missão cumprida. Eu converso com todo mundo e busco soluções. Queremos uma coisa só, transparência e segurança (nas eleições)”. A frase é do presidente Jair Bolsonaro (PL), mas poderia ser de qualquer outra autoridade preocupada em reduzir a zero as tensões entre os Poderes da República.
Nessa segunda-feira (7), depois de longos nove minutos de total constrangimento, os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Edson Fachin e Alexandre de Moraes, entregaram a Bolsonaro convite para a cerimônia de posse do comando do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a partir do próximo dia 22.
Todo o mal estar entre o Executivo e o Judiciário acabou se agravando depois que Bolsonaro descumpriu uma ordem judicial assinada por Alexandre de Moraes para que o presidente prestasse depoimento à Polícia Federal sobre vazamento de dados sigilosos. Bolsonaro não compareceu.
Tem uma coisa que chama-se liturgia do cargo. Ninguém é obrigado a gostar de outra pessoa, mas quando se trata de uma autoridade de República, o mínimo é que se respeitem, mesmo divergindo. E no nosso País, vale a máxima que diz que “decisão judicial não se discute. Cumpre-se”. Bolsonaro não cumpriu.
Pense nisso!