Você pode imaginar o barraco que rolou numa reunião do Conselho Superior do Ministério Público Federal. O encontro era presidido pelo procurador geral da República, e Augusto Aras só não partiu para cima de um colega porque a turma de "deixa disso" entrou em ação.
É assim, quando você está em um boteco, a confusão quase sempre começa com um xingamento e termina com alguém gritando: “me segura se não eu brigo…”
No Conselho do Ministério Público, o procurador Augusto Aras levantou-se da cadeira e bateu boca com o subprocurador Nívio de Freitas, dizendo: “vossa excelência não é digno de respeito”. Quando os seguranças viram que a coisa poderia ficar feia, seguraram Augusto Aras.
O clima esquentou quando Nívio de Freitas pediu para usar a palavra dizendo: “Posso sustentar meu ponto de vista, presidente?”. O procurador-geral da República respondeu: “Pode. Eu só não posso admitir aqui essa bagunça que o colega…”.
Nisso, foi interrompido pelo subprocurador Nívio de Freitas: “Bagunça não. Vossa excelência também interferiu quando o colega estava falando. Então, se vossa excelência quer respeito, me respeite também”. E Augusto Aras gritou: “Vossa excelência não é digno de respeito”. O bate-boca foi ficando mais quente, foi ficando acalorado, batidas na mesa, Augusto Aras já de pé, e Nívio de Freitas dizendo: “Não chegue perto de mim”.
Seguranças de um lado, a turma do "deixa disso" do outro. Um gole de água, a fervura abaixou e a sessão foi suspensa e cada um foi para o seu lado.
Pense nisso!