Quando eu era pequeno, lá em Carnaíba, no Sertão do Pajeú, eu costumava escutar uma rádio da Bahia que toda vez que o locutor começava o programa ele dizia: “chegou a hora da onça beber água”.
E eu ficava pensando o que aquele ditado popular significava, para que o locutor baiano repetisse com tanta segurança. A hora da onça beber água.
Agora, que a campanha eleitoral está nas ruas, é momento de recordar aquela incisiva mensagem e fazer um alerta aos [e]leitores: todo cuidado é pouco.
Os candidatos e as candidatas estão de casa em casa. No seu trabalho, nas redes sociais e já, já, no guia eleitoral, no rádio e na TV, muitos deles fazendo as mais mirabolantes promessas que eles mesmos sabem que jamais terão como cumprir.
Que o soberano direito do voto seja exercido para que todos nós possamos fazer nossas escolhas não com base nas promessas vazias de muitos, mas com a certeza de que alguns, de fato, estão querendo fazer da política um espaço de participação, de debate, de responsabilidade.
Escute e matute bem cada promessa que ouvir. Faça como recomenda Caetano Veloso: “É preciso estar atento e forte”.
Pense nisso!