BATENDO PESADO
Estava enganado quem imaginava que o Supremo Tribunal Federal não reagiria à Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que limita poderes do STF.
O presidente da Corte, Luis Roberto Barroso chamou a medida de “retrocesso”. Segundo ele, o STF “funcionou como um dique de resistência e um aliado “contra o avanço autoritário”.
LEDO ENGANO
Do outro lado da Praça dos Três Poderes, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), lamentou que “estejam querendo politizar a decisão dos senadores”.
Pacheco negou que o Poder Legislativo esteja “sequer admitindo” provocar enfrentamento ao STF, mas ressaltou que a PEC foi “amplamente debatida” e que se trata de medida “puramente técnica”.
“Não admito que se queira politizar e criar um problema institucional em torno de um tema que foi debatido com maior clareza possível, que não constitui nenhum tipo de enfrentamento, nenhum tipo de retaliação, e nós jamais nos permitiríamos a fazer isso”, afirmou Pacheco.
CURANDO FERIDAS
Já “nas trincheiras do Planalto”, a “decisão pessoal” do líder do governo, Jaques Wagner (PT-BA), de contrariar o presidente Lula da Silva (PT) e votar a favor da PEC enfraqueceu seu comando na liderança.
Petistas ouvidos pela coluna admitiram que Jaques Wagner “talvez tenha seus motivos”, mas nada justifica contrariar o governo.
ATO EM FAVOR DE “PATRIOTA” MORTO
As redes (sociais) de proteção ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continuam firmes e agora, tentam mobilizar os paulistanos a participarem de ato de protesto contra a morte de Cleriston Pereira da Cunha, no última segunda-feira (21), na Papuda, presídio aqui em Brasília.
PARA NÃO ERRAR DE NOVO
Após acachapante derrota, quando o Senado Federal rejeitou o nome Igor Roque para o cargo de defensor pública-geral, agora, a liderança do governo trabalhar “com antecedência” para “evitar contratempos”.
O presidente Lula nomeou Leonardo Magalhães para o cargo, não sem antes recomendar “total empenho”, em busca de votos, para evitar contratempos.
PENSE NISSO!
Chega a ser insalubre e, certamente, violento, por vezes, ter de acompanhar os debates na Comissão de Segurança Pública na Câmara, mas até aí um ministro de Estado, Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública), alegar que não foi ao debate na Câmara dos Deputados por “risco à integridade física e moral”, parece extrapolar todos os limites da razoabilidade.
É claro que aquela comissão não é propriamente um lugar civilizado. É só assistir aos mais recentes debates que o leitor vai saber do que estou falando.
Mas um ministro de Estado, dizer uma lorota dessas beira exagero.
Pense nisso!