Os bastidores da política nacional, com Romoaldo de Souza

Política em Brasília

Por Romoaldo de Souza
Romoaldo de Souza

Sindicalistas brasileiros estão sendo chamados a apoiarem piquetes na Argentina

O protesto é até mesmo contra demissão de funcionários fantasmas

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Romoaldo de Souza

Publicado em 27/12/2023 às 21:39
Javier Milei foi eleito presidente da Argentina - Emiliano Lasalvia / AFP

BLOQUEIO DE VERA
Passa de 4,3 mil telefones bloqueados em uma semana de funcionamento do programa Celular Seguro, do Ministério da Justiça e Segurança Pública. São equipamentos que foram furtados, roubados, extraviados ou perdidos. Desse total, 1.125 são de São Paulo, 494 do Rio de Janeiro e 324 de Pernambuco.

Dados do Conexis – Sindicato Nacional das Empresas de Telefonia e de Serviço Móvel, Celular e Pessoal indicam que mais de 249 milhões de smartphones estão em funcionamento no país.

UMA FORCINHA BRASILEIRA
A Confederação Geral do Trabalho (CGT) fez sucessivos pedidos de apoios a entidades do movimento sindical brasileiro. O reforço dos piqueteiros do Brasil está sendo pedido para que se juntem aos “hermanos” que protestam contra as medidas do governo do presidente Javier Milei.

CONTRA CORTES DOS ‘NHOQUES’
No apelo da CGT, os sindicatos argentinos falam em 5 mil demissões de funcionários públicos, mas os sindicalistas do Brasil pouco se interessaram em saber que parte dessas demissões são de funcionários “nhoques.”

Uma tradição da mesa argentina é que sempre nos dias 29 de cada mês eles fazem uma receita caseira de nhoque e colocam uma nota de dólar de baixo do prato. A simpatia é para trazer mais dinheiro - nos anos que não são bissextos, a tradição em fevereiro é no dia 28.

Nhoques são funcionários fantasmas que só aparecem no fim do mês para receber o salário.

DEU RUIM
“Líder” do que restou da bancada bolsonarismo, o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) foi condenado, pela Justiça do Trabalho, a pagar R$ 80 mil por “dano moral coletivo”. O Ministério Público do Trabalho de Goiás alegou que o parlamentar teria “cometido assédio eleitoral no decorrer da campanha eleitoral de 2022”.

Em outras palavras, Gayer “coagiu funcionários de empresas goianas a votarem no candidato Jair Bolsonaro (PL)”. No X, o deputado chamou a decisão de “esdrúxula” e disse que a procuradora era uma “petista histérica”.

PENSE NISSO!
É importante analisar a prestação de contas que os partidos políticos apresentam à Justiça Eleitoral, com detalhes de investimentos em “múltiplas ações para formação política.”

Mas o que nunca vai para os relatórios são articulações, digamos um tanto quanto hetorodoxas. Como o dia em que líderes do PL - partido do ex-presidente Jair Bolsonaro - e lideranças petistas se juntaram, deram-se as mãos para aumentar o valor do Fundo Eleitoral que, em 2024, será de R$ 4,9 bilhões.

E, justamente, as duas elegendas serão as mais bem aquinhoadas na partilha desses recursos.

Ah, o presidente Lula da Silva (PT) pode até vetar esse valor.

Pense nisso!

 

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