LULA NÃO ESTÁ SÓ
Nem só de comemorações, em nome da democracia, vive o planalto central do país. De um lado os chefes dos três Poderes, aparados pela maioria dos representantes dos governos estaduais, vão parar para ouvir a ministra da Cultura, Margareth Menezes, cantar o Hino Nacional.
No salão Negro, o mais importante do Congresso Nacional, as autoridades vão estar “celebrando” a “Democracia Inabalada”, repetindo o mantra de que não há espaço para aventuras fora da Constituição Federal.
À BEIRA DO CAMINHO
Um grupo de 30 senadores, 37% do total da Casa, divulgou manifesto criticando “abuso de poder” pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Embora a oposição condene “vigorosamente os atos de violência e a depredação dos prédios públicos ocorridos no dia 08 de janeiro de 2023,” também não esconde críticas à análise do presidente Lula da Silva (PT), perpetuando seu conceito de democracia. “Ao contrário do que afirmado pelo presidente Lula, a democracia, para nós, não é relativa”, diz o manifesto.
Sobre o inquérito no STF, a oposição chamou de “situação inusitada” uma vez que o Supremo é ao mesmo tempo “vítima, investigador e julgador”.
“Esse procedimento foge ao padrão estabelecido pelo sistema jurídico brasileiro de separação entre as funções de julgar e acusar, princípio basilar do nosso sistema jurídico”.
‘DIZ QUE FUI POR’
O ministro licenciado Flávio Dino, da Justiça e Segurança Pública, já está sendo chamado por alguns colegas no Planalto de Zé Keti (1921-1999). São do sambista carioca os versos dessa importante canção na voz de Nara Leão (1942-1989), gravada no início da Ditadura Militar.
“Se alguém perguntar por mim
Diz que fui por aí
Levando o violão debaixo do braço.”
Lula da Silva tinha combinado com Flávio Dino que ele ficaria no comado do ministério até 8 de janeiro, quando acontecem os “festejos pela democracia”. Flávio Dino defende o nome de Ricardo Cappelli como seu sucessor.
Agraciado com o cargo de ministro do Supremo Tribunal Federal, ele já se prepara para “cantar em outra freguesia”. A partir de fevereiro, vai julgar processos de interesse do ex-patrão. Que coisa!
PENSE NISSO!
Um alfajor para Lula.
O governo do PT, por meio do Itamaraty, defendeu “os legítimos direitos da Argentina” na disputa com o governo britânico pelas Ilhas Malvinas.
“A posição do Brasil remonta a 1833, quando o embaixador brasileiro em Londres foi instruído a coadjuvar o protesto argentino junto ao governo britânico pela ocupação das Ilha”.
O presidente Javier Milei que, durante a campanha eleitoral, disse cobras e lagartos do presidente brasileiro, agora bem que poderia preparar una vianda llena de alfajor de dulce de leche”.
Pense nisso!