Secretário de Justiça de PE está na lista de investigação do STF

Publicado em 12/04/2017 às 7:23
Foto: Pedro Eurico assumiu a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos em janeiro de 2015. Foto: Rinaldo Marques/Alepe


Pedro Eurico assumiu a Secretaria de Justiça e Direitos Humanos em janeiro de 2015. Foto: Rinaldo Marques/Alepe O secretário de Justiça e Direitos Humanos de Pernambuco, Pedro Eurico, será investigado pela Justiça Federal. O pedido faz parte da lista encaminhada pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin para outros tribunais com base nas delações de executivos da Odebrecht. A petição, cujo conteúdo ainda não foi revelado, foi encaminhada por Fachin para a Justiça Federal de Pernambuco. Isso acontece porque o secretário não tem foro privilegiado, por isso a investigação não precisa ficar com o STF. Outras petições com nomes de outros políticos pernambucanos também foram encaminhados para a JFPE. Procurado pelo Jornal do Commercio, Pedro Eurico informou que está à disposição das autoridades competentes para prestar quaisquer esclarecimentos. Inquérito também no MPPE Em Pernambuco, Pedro Eurico também é investigado pelo ministério Público. Ele responde a inquérito civil por improbidade administrativa, após declarar publicamente, em fevereiro do ano passado, que fala com detentos por celular. As afirmações polêmicas foram dadas durante audiência pública na Assembleia Legislativa do Estado. "Eu cometo hoje um ato irregular. Eu dei meu celular em todas as cadeias. Eu não queria dar meu celular. Por que? Porque eu estou admitindo que presos usem o celular. Mas eu vou ser cínico? Eu vou mentir? O celular existe e está lá. E eu dei o meu celular e disse: liguem a cobrar. Quem sofrer tortura, quem sofrer vilipêndio, quem tiver informação para dar. E eles ligam", declarou Pedro Eurico, à época. Pernambuco é um dos estados com maior superlotação do País. Só o Complexo Prisional do Curado, no Recife, um dos mais superlotados da América Latina, tem cerca de 7 mil detentos para, aproximadamente, 1,8 mil vagas. Sem contar o controle das unidades nas mãos dos presos, conforme vários denúncias de organizações de direitos humanos e do Sindicato dos Agentes Penitenciários. Cargo federal Mesmo investigado pelo MPPE, Pedro Eurico, foi nomeado como conselheiro titular do Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária em fevereiro deste ano. O órgão, que, entre outras atribuições, desenvolve novas políticas para o sistema prisional,  é vinculado ao Ministério da Justiça. Leia Também: Presos da Operação Turbulência tiveram acesso a telefone e computador no Cotel No Recife, policial é investigado por esconder drogas em lixeiras de presídio    
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