Assalto à Brinks ocorreu em fevereiro deste ano, no Recife. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem
Os delegados responsáveis pela operação para resultou na prisão de integrantes da quadrilha que explodiu a sede da empresa de valores Brinks, no Recife, afirmaram nessa quarta-feira (2) que parte do dinheiro fruto das investidas às agências bancárias era usado para financiar campanhas políticas. Valores teriam sido gastos, inclusive, para ajudar partidos nas últimas eleições municipais. No entanto, os investigadores ainda não revelaram os políticos beneficiados com o dinheiro ilegal e como funcionava esse repasse, que teria apoio da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).
Essa é apenas uma das lacunas que a investigação, ainda em andamento, precisa esclarecer. A outra: qual a relação de Paulo Donizetti Siqueira de Souza - considerado um dos maiores ladrões de banco do País - com a quadrilha que roubou a Brinks. Anteriormente, a polícia dizia acreditar na participação dele. O nome constava em inquérito e em processos apresentados à Justiça. De tão perigoso, inclusive,
ele não foi encaminhado para uma audiência de instrução e julgamento porque havia o risco de ser resgatado, a caminho ou dentro do Fórum Rodolfo Aureliano, na Joana Bezerra, por supostos integrantes da mesma quadrilha. Informação revelada pelo
Ronda JC e confirmada pela Justiça.
O valor roubado, durante a investida à Brinks em fevereiro deste ano, também continua sob sigilo. Na época, alguns veículos de comunicação sondaram que a quantia poderia chegar a R$ 60 milhões. Nessa quarta-feira (2), o delegado João Gustavo Godoy afirmou que o valor foi bem abaixo disso. Mas disse que, por enquanto, ainda não iria revelá-lo.
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