Em média, quatro queixas de violência contra a mulher são registradas por hora em Pernambuco. Foto: JC Imagem/Arquivo
A pedido dos movimentos sociais, o Ministério Público de Pernambuco (MPPE) vai cobrar do Governo do Estado que as delegacias especializadas da Mulher funcionem 24 horas por dia, de domingo a domingo, e sempre com a presença de delegados. Na Região Metropolitana do Recife, que conta com três delegacias da Mulher, apenas uma está funcionando à noite e nos fins de semana.
O problema, que se arrasta desde o ano passado, foi denunciado pelo
Ronda JC no último dia 31. Sem efetivo policial suficiente, as delegacias da Mulher de Prazeres, em Jaboatão, e a de Paulista só ficam abertas em horários comerciais, ou seja, das 8h às 18h.
Depois desse horário, as vítimas de violência devem se dirigir à Delegacia da Mulher que fica em Santo Amaro, na área central do Recife, ou procurar uma unidade de plantão comum - o que também não é fácil, já que delegacias como a do Ipsep, na Zona Sul, também estão fechadas à noite e nos sábados e domingos - apesar de a própria Polícia Civil informar em seu site oficial que a unidade é 24 horas.
No município de Caruaru, no Agreste do Estado, as vítimas de violência passam pelo mesmo transtorno. Encontram a Delegacia de Plantão da Mulher fechada em horários não comerciais.
Uma solução já foi cobrada inúmeras vezes à Secretaria de Defesa Social (SDS), que não dá prazo para isso.
OUTRAS AÇÕES
O problema foi discutido durante o encontro "Ministério Público e os Movimentos Sociais", realizado no Recife. No debate, ainda ficou acertado que o MPPE irá cobrar do Poder Executivo a implementação de políticas públicas voltadas ao atendimento de usuários de álcool e drogas envolvidos em violência doméstica contra a mulher.
Também vai fiscalizar as ações das delegacias onde policiais exigem a presença de testemunhas para que as vítimas registrem queixa.
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