Caso Sérgio Falcão: revisão em perícia comprova que empresário foi assassinado

Publicado em 11/12/2017 às 7:30
Foto: Para a polícia, não há dúvidas de que Sérgio Falcão foi assassinado. Foto: TV Jornal/Reprodução


Para a polícia, não há dúvidas de que Sérgio Falcão foi assassinado. Foto: TV Jornal/Reprodução A tese de que o empresário da construção civil Sérgio Falcão, 52 anos, cometeu suicídio foi, de uma vez por todas, descartada. Após cerca de cinco meses de trabalhos, cinco peritos da Polícia Científica de Pernambuco concluíram que o empresário foi vítima de homicídio. A revisão na perícia, solicitada insistentemente pela delegada Vilaneida Aguiar, foi entregue na última semana ao Ministério Público, que se debruça nos nove volumes do inquérito - um total de 1.575 páginas. Dois promotores de Justiça estão com o caso. Eles vão decidir como a denúncia será encaminhada à Justiça. Além de dois policiais militares reformados, indiciados pela Polícia Civil, há possibilidade de que possíveis mandantes do crime também sejam denunciados. Sérgio Falcão foi morto com um tiro na boca dentro do apartamento onde morava, no edifício 14 Bis, na Avenida Boa Viagem, na Zona Sul do Recife, em 28 de agosto de 2012. Na época, perícia do Instituto de Criminalística apontou que o empresário cometeu suicídio, mas a polícia nunca acreditou nessa tese e, por cinco anos, a delegada Vilaneida Aguiar continuou investigando o caso e solicitando inúmeras perícias e revisões de laudos. A família também sempre acreditou em homicídio. Leia entrevista exclusiva com a viúva do empresário. Para a investigadora, não há dúvidas de que Falcão foi morto pelo PM reformado Jailson Melo - que prestava serviço de segurança à vítima na época. Na versão da polícia, o policial foi ao apartamento de Falcão e, depois de encontrá-lo, os dois seguiram para o quarto. O PM então teria sacado a arma (uma pistola 380) que estava na cintura e atirou na boca de Sérgio. Foram oito minutos entre a chegada e a saída do policial. Uma mala, que teria mais de R$ 100 mil, foi encontrada vazia. Outro detalhe, revelado pela polícia, é que Falcão tinha um revólver em casa e poderia ter usado se quisesse realmente se matar. O dono da arma, o militar reformado Jadilson Melo - irmão do suspeito - também foi indiciado por homicídio. Para a delegada, Jailton agiu em "conluio" com o atirador. Eles teriam sido pagos para praticar o crime. Apesar da conclusão das investigações, os policiais militares seguem em liberdade. No relatório enviado ao Ministério Público, em agosto deste ano, a delegada ainda afirma que dois homens são suspeitos de ser mandantes: um parente de Sérgio Falcão e um empresário alagoano. Eles, porém, não foram indiciados por falta de provas materiais. Com a confirmação também pela perícia de que o empresário foi morto, a tese de mandante do crime ganha mais força e deve dar um novo rumo ao processo. Está prevista para a tarde desta segunda-feira (11) uma reunião no Ministério Público para discutir os próximos passos da emblemática investigação. MOTIVAÇÃO DO CRIME Jailson Melo (de camisa branca) afirmou à polícia que empresário cometeu suicídio. Foto: Arquivo JC No relatório encaminhado ao MPPE, com 85 páginas, a delegada afirma que a morte do empresário teve motivação financeira. A empresa Falcão Construtora estaria afundada por dívidas e trazendo prejuízos a muita gente, inclusive ao empresário alagoano que a Polícia Civil suspeita ter sido um dos mandantes do homicídio. Os detalhes do crime teriam sido planejados no Recife dias antes em reunião com a presença de todos os suspeitos. Clique aqui e confira material especial sobre o caso LEIA TAMBÉM MPPE denuncia estudante por triplo homicídio em acidente na Tamarineira Caso Betinho: ‘Esperamos que a Justiça absolva meu filho’, afirma pai de acusado Condenada por matar turista alemã, Delma Freire quer R$ 200 mil e pensão alimentícia Assassino do estudante Alcides vai a júri popular por mais um crime no Recife    
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