Delegado afirma que não escreveu texto que está sendo atribuído a ele e que teve conta invadida
Diante da repercussão do afastamento do delegado Jorge Ferreira, suspeito de
postar numa rede social comentários críticos à vereadora carioca Marielle Franco (PSOL), assassinada no Rio de Janeiro na semana passada, a Polícia Federal de Pernambuco deu orientações às pessoas que tiverem a conta pessoal invadida nas redes sociais. Isso porque o delegado Jorge Ferreira afirmou que não fez a postagem e que alguém pode ter acessado a conta dele.
De acordo com o assessor de comunicação da PF, Giovani Santoro, se o usuário perceber que teve a conta invadida deve imediatamente procurar a delegacia mais próxima para registrar uma queixa. "Logo em seguida, a vítima deve contra-acatar, fazendo um vídeo emitindo declarações de que aquele perfil e mensagem não partiu daquela pessoa. Isso vai evitar que a pessoa seja colocada numa situação de risco", explicou Santoro.
O assessor lembrou ainda que os usuários de redes sociais devem ter cuidado com o que escrevem ou compartilham, porque mensagens com conteúdo racista ou homofóbico, por exemplo, podem resultar em investigação e os autores podem ser punidos de acordo com o Código Penal Brasileiro.
O delegado Jorge Ferreira foi afastado das funções nesse domingo (18) por determinação do Governo de Pernambuco. Ele estava lotado no Departamento de Polícia da Mulher. O profissional garantiu que nunca fez uma postagem daquele tipo. Na mensagem atribuída a ele, Marielle é apontada como "mulher de bandido" e que teria envolvimento com o narcotráfico. A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) apura a conduta do delegado.
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