Beatriz foi morta com 42 facadas em colégio particular de Petrolina. Crime continua sob mistério. Foto: Arquivo Pessoal
Sem solução, a investigação sobre o
assassinato da menina Beatriz Angélica Mota, de 7 anos, em Petrolina, deve ganhar mais um capítulo nos próximos dias. O caso pode ser repassado para outro delegado - o quinto desde a abertura do inquérito há quase dois anos e sete meses.
A atual responsável pela investigação, a delegada Pollyanna Neri, explicou que no mês passado foi removida do cargo de gestora na Diretoria Integrada do Interior 2 da Polícia Civil. Ela agora é adjunta da Delegacia de Homicídios de Petrolina. "Por enquanto ainda estou com o caso, mas, como eu fui rebaixada, estou aguardando a definição da Chefia da Polícia Civil. Não sei se vou continuar com esse inquérito", afirmou ao
Ronda JC.
O inquérito que apura o assassinato brutal de Beatriz continua sob sigilo por determinação da Justiça. Até hoje, nenhum suspeito de participação no crime foi preso.
Nesta terça-feira (10), a morte da menina completa mais um mês sem solução. Quatro delegados já foram responsáveis por presidir o inquérito, mas nenhum conseguiu desvendar o mistério que cerca a motivação do assassinato.
No início do ano passado, a Polícia Civil divulgou a imagem de um suspeito que possivelmente entrou no colégio particular, onde acontecia uma festa de formatura, e matou a menina. Uma câmera flagrou o suspeito do lado de fora, mas nenhuma imagem do lado de dentro registrou a dinâmica do crime.
Mesmo com a imagem desse suspeito, que foi divulgada nacionalmente, a Polícia Civil ainda não conseguiu descobrir a identidade do homem para esclarecer o crime.
Cerca de 100 pessoas já passaram por exames de DNA, mas o confronto do material genético deu negativo em relação ao encontrado nos restos mortais da menina.
HISTÓRICO
O corpo de Beatriz Motta foi encontrado com várias lesões provocadas por faca dentro de uma sala isolada no colégio particular onde ela estudava. Acontecia uma festa de formatura e a instituição estava bastante movimentada, mas nenhuma testemunha disse ter visto o crime. Segundo as investigações, com base em depoimentos de testemunhas, o suspeito teria tentado se aproximar de outras duas crianças antes de chegar até Beatriz.
Em outubro de 2017, a Polícia Militar prender um homem suspeito de um homicídio e ao afirmar que ele apresentava semelhanças físicas com o suspeito de matar a menina em Petrolina. A Polícia Científica colheu material genético dele para exames. Mas, como mostrou o
Ronda JC, o
homem não poderia ter praticado o crime pois naquele 10 de dezembro de 2015 ele estava preso por tráfico de drogas na Cadeia Pública de Santa Maria da Boa Vista. A prisão aconteceu oito dias antes do homicídio e ele só teve o relaxamento autorizado pela Justiça em maio do ano seguinte.
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