Esposa e filho mais velho são suspeitos de matar médico em Aldeia. Foto: TV Jornal/Reprodução
O Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) negou o pedido de liberdade provisória para a esposa e o filho mais velho do médico Denirson Paes da Silva, cujos restos mortais foram encontrados na semana passada dentro de um poço em Aldeia. A decisão é do presidente da 2ª Câmara Criminal, o desembargador Antônio de Melo e Lima.
A farmacêutica Jussara Rodrigues Silva Paes e o engenheiro Danilo Rodrigues Paes estão presos temporariamente. Eles são suspeitos de homicídio triplamente qualificado e ocultação do cadáver.
A principal suspeita da Polícia Civil é de que a esposa do médico não aceitava o pedido de divórcio e havia uma disputa pelo patrimônio da família.
Durante coletiva, na semana passada, o chefe da Polícia Civil, Joselito Kerhle, confirmou a forte suspeita de que o homicídio foi premeditado. A informação foi publicada em primeira mão pelo
Ronda JC.
A polícia revelou também que
encontrou manchas de sangue na residência da família, inclusive em um dos banheiros. A casa também teria passado por faxina várias vezes, o que causou mais desconfiança. Os investigadores acreditam que outra pessoa, além de mãe e filho, participou do crime.
CAUSA DA MORTE
Oito dias após os restos mortais do médico Denirson Paes da Silva serem encontrados dentro de um poço num condomínio de luxo em Aldeia, Camaragibe, profissionais do Instituto de Medicina Legal (IML) ainda trabalham para descobrir a causa da morte. Arma de fogo? Facadas? Nenhuma hipótese, por enquanto, foi descartada.
A dificuldade, relatam os profissionais, está no avançado estado de decomposição dos restos mortais, que também estavam com produtos químicos (acredita-se que foi usado cloro ou fórmula similar).
A gestora de Polícia Científica de Pernambuco, Sandra Santos, confirmou, na terça-feira, que será um duro trabalho conseguir descobrir a causa da morte, mas que todos os esforços serão feitos para se chegar ao resultado.
Também no início desta semana, os legistas também perceberam que não havia indícios para afirmar que os restos mortais foram queimados, ao menos os analisados até então. A suspeita de carbonização havia sido levantada pelo Instituto de Criminalística.
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