MPPE afirma que promotor de Justiça teria praticado corrupção passiva

Publicado em 06/08/2018 às 13:41
Foto: O promotor Marcellus Ugiette foi afastado das funções. Foto: JC Imagem/Arquivo


O promotor Marcellus Ugiette foi afastado das funções. Foto: JC Imagem/Arquivo As investigações da Polícia Civil de Pernambuco encontraram indícios de que o promotor de Execuções Penais Marcellus Ugiette teria praticado crime de corrupção passiva. Ele teria obtido vantagens financeiras e recebido até presentes para beneficiar presos. As declarações foram dadas pelo procurador Ricardo Lapenda, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público de Pernambuco. Na manhã desta segunda-feira (06), o Ronda JC publicou em primeira mão que o promotor foi um dos alvos da Operação Ponto Cego. Um mandado de busca e apreensão foi cumprido na casa dele, durante uma operação, na última sexta-feira (03), para desarticular uma quadrilha suspeita de crimes como estelionato, corrupção ativa, corrupção passiva, lavagem de capital, advocacia administrativa e furto qualificado.  Na ocasião, dois advogados e um ex-policial militar também foram presos. "Encontramos elementos suficientes de que poderia haver a corrupção passiva. Ele (promotor) passou a colaborar com os pedidos dos advogados da organização criminosa. Ele passou a auxiliar os pedidos de transferências para que os elementos permanecessem juntos (nos presídios). Há indícios de que ele obtinha vantagens financeiras, inclusive com recebimento de presentes", afirmou Lapenda. No total, 19 mandados de prisão preventiva foram cumpridos (entre eles de pessoas que já estão presas). Dezesseis mandados de busca e apreensão, expedidos pelo Tribunal de Justiça de Pernambuco, também foram cumpridos. O celular pessoal, pen drives  e outros objetos foram apreendidos para perícia na casa de Marcellus Ugiette. Ele também foi afastado das funções até a conclusão do caso. Em entrevista à Rádio Jornal, Ugiette confirmou que foi afastado da promotoria, mas afirmou que vai apresentar a defesa posteriormente. Em relação aos advogados presos, a delegada Viviane Santa Cruz disse que eles "criavam situações para beneficiar os detentos". "Eles escondiam dinheiro em contas bancárias e também vendiam mercadorias fruto de golpe", pontuou Viviane. Os nomes dos advogados não foram revelados. A OAB Pernambuco acompanha o caso. LEIA A COBERTURA COMPLETA (POR ORDEM CRONOLÓGICA): Força-tarefa analisa processos do promotor Marcellus Ugiette Polícia Civil: Promotor era ‘braço forte’, ‘alicerce’ da quadrilha MPPE encontra irregularidades em processos da Promotoria de Execuções Penais Promotor Marcellus Ugiette vira réu por corrupção passiva Justiça proíbe o promotor Marcellus Ugiette de deixar o Recife Promotor de Justiça ganhou Iphone para ajudar detento, afirma o MPPE Imagens que podem condenar promotor por corrupção somem de gabinete do TJPE Corregedoria do TJPE deve apurar sumiço de provas contra promotor Promotor Marcellus Ugiette é denunciado pela terceira vez à Justiça MPPE concede aposentadoria para promotor acusado de corrupção Por 17 votos, TJPE aceita denúncia contra Marcellus Ugiette  
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