Batalhão do Bope é um dos alvos da investigação. Foto: TV Jornal/Reprodução
O Ministério Público de Pernambuco instaurou inquéritos para apurar supostas irregularidades em dois batalhões da Polícia Militar. Um deles é o Batalhão de Operações Especiais (Bope). O outro é o 16º BPM, responsável pela segurança em bairros da área central do Recife, como Boa Vista, Santo Amaro e Ilha do Leite.
De acordo com as investigações preliminares, o número do efetivo e a quantidade de equipamentos à disposição dos batalhões seriam insuficientes para atender a todas as demandas. Além disso, as condições dos imóveis seriam precárias e, segundo o MPPE, há necessidade de reformas urgentes nas instalações físicas.
Na decisão sobre a abertura dos inquéritos, o promotor de Defesa dos Direitos Humanos Westei Conde destacou que " o Estado de Pernambuco não tem adotado medidas suficientemente capazes de dotar as corporações de Defesa Social, especialmente a PMPE, de efetivo qualificado e necessário para fazer frente às demandas da sociedade, particularmente em razão do crescimento populacional e, igualmente, o da violência".
Segundo o promotor, uma vistoria técnica realizada em novembro do ano passado na sede do Bope, no bairro da Mangueira, no Recife, comprovou o "deficit de efetivo no Bope e (em relação) às condições físicas das instalações daquela unidade militar".
Na última sexta-feira (03), ocorreu a cerimônia de formação de 27 militares, que vão integrar o efetivo do Bope, diminuindo o déficit constatado pelo Ministério Público.
Uma audiência pública, marcada para o próximo dia 28, vai discutir a situação do batalhão e formas de melhorar as condições de trabalho do efetivo.
HISTÓRICO
O Bope foi criado, por meio de decreto estadual, em junho de 2017, inspirado no batalhão do Rio de Janeiro. Na ocasião, o Governo do Estado afirmou que o reforço fazia parte do novo plano de segurança para diminuir a criminalidade e, principalmente, as altíssimas estatísticas da violência registradas no primeiro semestre daquele ano.
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