Justiça manda soltar filho acusado de matar o médico Denirson Paes

Publicado em 21/12/2018 às 11:05
Foto: Danilo Paes é acusado de matar o pai, o médico Denirson Paes. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem


Danilo Paes é acusado de matar o pai, o médico Denirson Paes. Foto: Bobby Fabisak/JC Imagem A Justiça determinou, na manhã desta sexta-feira (21), a liberdade provisória do engenheiro Danilo Paes, acusado de ser um dos assassinos do médico Denirson Paes. A conversão da prisão preventiva em liberdade provisória atende ao pedido da defesa dos réus. A farmacêutica Jussara Paes, viúva e uma das acusadas do crime, continuará presa. O crime aconteceu em junho deste ano, num condomínio de luxo em Aldeia, Camaragibe. "Danilo Paes Rodrigues possui bons antecedentes criminais, personalidade de homem comum, é um jovem universitário que não apresenta qualquer ameaça social, não podendo ser, assim, considerado um agente com alto grau de periculosidade. Daí porque não há que se falar em afronta à ordem público, como também não é caso de qualquer afronta à ordem econômica", disse a juíza Marilia Falcone Gomes Lócio, da decisão. O filho mais velho do médico deve deixar o Centro de Observação e Triagem (Cotel) ainda nesta sexta-feira (21). Ele terá que pagar fiança de R$ 5 mil, além de estar proibido de manter contato com as testemunhas do processo e deverá estar em casa sempre no período noturno (entre 22h e 6h). Em janeiro de 2019, a Justiça vai decidir se os dois réus vão a júri popular pelo crime. Vinte testemunhas, sendo 15 de acusação e cinco de defesa, foram ouvidas durante os dois dias de audiência de instrução e julgamento do caso neste mês. A viúva do médico, Jussara Paes, e o filho mais velho, Danilo Paes, ambos presos acusados pelo homicídio, também prestaram depoimento. A viúva assumiu o crime e disse que o filho não teve participação, apesar de laudos periciais confirmarem que ela não teria como cometer o homicídio seguido de esquartejamento sozinha. TESTEMUNHAS INVESTIGADAS Na semana passada, a Justiça também determinou que dois funcionários e uma diarista do condomínio de luxo em Aldeia, Camaragibe, onde morava o médico Denirson Paes, sejam investigados pela suspeita de crime de falso testemunho. O pedido foi feito pelo Ministério Público de Pernambuco (MPPE), que observou contradições em depoimentos dados pelas testemunhas à polícia e durante as audiências de instrução e julgamento do caso, realizadas nas duas últimas semanas. Entre os investigados estão o porteiro Egnaldo Daniel Bezerra e a diarista Josefa da Conceição dos Santos. Esta última trabalhava na residência do médico. O MPPE apontou que os funcionários entraram em contradição acerca das datas (31 de maio e 12 de junho) da realização dos serviços na cacimba onde os restos mortais do médico foram encontrados pela polícia. A obra para fechar a cacimba foi feita a pedido de Jussara Paes, viúva do médico e uma das acusadas pelo crime. O porteiro Diogo Francisco também será investigado por informações contraditórias em depoimentos. O pedido de investigação dos funcionários foi encaminhado na última sexta-feira para a Polícia Civil de Pernambuco. O caso deve ficar coma Delegacia de Camaragibe, que também investigou o assassinado de Denirson Paes.
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