Sem avançar nas negociações em relação ao reajuste salarial, policiais civis de Pernambuco prometem paralisar as atividades por 24 horas nesta sexta-feira (13). E nessa queda de braço com o Governo do Estado, quem perde, claro, é a população. Se já não basta a falta de estrutura das delegacias, quem precisar registrar um boletim de ocorrência, por exemplo, terá muita dificuldade.
O presidente do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), Áureo Cisneiros, a postura do Governo do Estado foi inadmissível. “A categoria deu um voto de confiança ao governo, mesmo com o histórico de falta de diálogo. Não paralisamos as atividades durante o carnaval em respeito ao povo pernambucano e, mais uma vez, sinalizando nossa disposição em não radicalizar. Mas, infelizmente, está provado que esse governo só entende a linguagem da luta. É uma pena, mas está obvio que o Governador não tem palavra. Mentiu para os policiais civis e para o povo pernambucano", afirmou.
Por sua vez, a Polícia Civil divulgou nota, na noite dessa quarta-feira (11), afirmando que o canal de diálogo continua aberto com a categoria para a negociação. "Qualquer iniciativa no sentido de paralisar atividades, além de ilegal, é precipitada. A PCPE, integrada às operativas de segurança, não medirá esforços para prevenir e reprimir a violência, garantindo o ir e vir e o bem-estar da população", disse trecho da nota.