O furto dos quatro pneus do carro que pertence a um médico, no estacionamento do Hospital Barão de Lucena, na Zona Oeste do Recife, no último dia 24 de julho, expôs mais uma vez a insegurança que faz parte da rotina dos pernambucanos. Essa modalidade de crime, inclusive, chama a atenção pela baixa taxa de resolução.
No ano passado, a Polícia Civil registrou 6.213 queixas de furtos de veículos em Pernambuco. Mas, até hoje, só conseguiu concluir a investigação de 35 casos. Isso significa que apenas 0,5% do total de inquéritos. E mais: cinco investigações foram encerradas sem apontar o suspeito pelo furto. A taxa é baixíssima e só aumenta a garantia de impunidade para os criminosos.
Os números foram obtidos pela coluna Ronda JC por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Inicialmente, após o fim do prazo legal, os dados não foram fornecidos pela Polícia Civil. A coluna recorreu à instância superior, que determinou que os números fossem divulgados.
O clínico-geral do Hospital Barão de Lucena só percebeu o furto dos pneus do carro após dar um plantão de 12 horas. Na linha de frente do combate à pandemia do novo coronavírus, o médico de 30 anos contou que para ter acesso ao estacionamento, exclusivo aos funcionários, é necessário passar por uma guarita e uma cancela. No entanto, segundo ele, na maioria das vezes a cancela fica aberta.
De acordo com a Secretaria de Defesa Social (SDS), 2.502 furtos de veículos foram registrados no primeiro semestre deste ano. Desse total, 715 casos foram no Recife. Outros 573 na Região Metropolitana. O restante (1.214) foi em municípios do Interior. Estes números podem ser consultados no site oficial da SDS.
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