Desenhos macabros, caderno com nomes de mulheres e sangue espalhado. Esse foi o cenário encontrado na residência do principal suspeito do assassinato da pernambucana Patrícia Roberta Gomes da Silva, de 22 anos, em João Pessoa, na Paraíba, cujo corpo foi encontrado nesta terça-feira (27). As características de um ritual, como aponta a investigação inicial da polícia paraibana, lembram (e muito) o modus operandi do trio que ficou conhecido como os Canibais de Garanhuns.
Há nove anos, Jorge Beltrão, Isabel Cristina e Bruna Silva foram presos após restos mortais serem encontrados enterrados na residência do trio, em Garanhuns, no Agreste pernambucano. À polícia, confessaram que os crimes eram praticados porque eles faziam parte de uma seita denominada Cartel. As vítimas eram sempre jovens mulheres que estavam em busca de emprego. As investigações apontaram que o trio atraía as vítimas com a promessa de bom salário. Mas, pouco depois, elas eram mortas, esquartejadas e era praticado o canibalismo.
Quando o trio foi preso, em 11 de abril de 2012, cadernos com desenhos macabros criados por Jorge Beltrão chamaram a atenção, porque faziam referências a assassinatos. Anotações com nomes das vítimas - e até de outras mulheres - também foram apreendidos na casa dos canibais. Inclusive, havia o nome de uma mulher moradora da cidade do Conde, na Paraíba, onde o trio também chegou a morar.
CARUARUENSE
A morte da jovem de Caruaru, confirmada nesta terça-feira, segue sob investigação. O suspeito, que pode esclarecer o que ocorreu entre ele e a vítima, foi preso na noite dessa terça-feira (27). Perícia foi realizada na casa dele e muitos objetos foram apreendidos para tentar traçar o crime.