Com informações do repórter Emerson Pereira, da TV Jornal
A médica que fez o atendimento à recém-nascida resgatada no Rio Capibaribe, em São Lourenço da Mata, no Grande Recife, na manhã desta quinta-feira (17), contou novos detalhes do caso. A bebê, que estava dentro de uma mochila, foi resgatada por pescadores e permanece em observação no Hospital e Maternidade Petronila Campos.
"Ela estava com a temperatura baixa, mas não tinha nenhuma lesão, nenhum sinal de afogamento direto ou algum outro tipo de violência antes da queda. Nenhum sinal de lesão em si antes do trauma", explicou a médica Nicolle Galiza.
A médica contou que se trata mesmo de uma recém-nascida.
"Quando o cordão umbilical é cortado em ambiente hospitalar, ele tem todo um cuidado, e ele tava com característica de um corte não-profissional (...) que pode ter sido realizado pela própria mãe. (...) Já que a polícia chegou aqui por volta de 8h da manhã, é possível que ela (a criança) tinha no mínimo ou no máximo 1h de vida. Ela tinha ainda aparência de recém-nascida, ainda com restos do parto, com líquido amniótico, com a características de um bebê que estava com poucas horas de vida, inclusive com sangue ainda no cordão umbilical", completou a médica em entrevista à TV Jornal.
A Polícia Civil está investigando o caso para tentar descobrir quem foi que jogou a criança de cima da ponte.
A menina ficará em observação médica na maternidade por pelo menos 48 horas e, quando tiver alta, será entregue ao Conselho Tutelar de São Lourenço da Mata.
ENTENDA O CASO DA BEBÊ JOGADA NO RIO CAPIBARIBE
Segundo testemunhas, um homem numa motocicleta arremessou uma mochila do alto de uma ponte e logo foi embora em direção à cidade de Paudalho.
Dois pescadores que estavam embaixo da Ponte Dicopeba, no bairro de Tiúma, fizeram o resgate da mochila que estava boiando no Rio Capibaribe.
Inicialmente, os pescadores acharam que seria um animal dentro da mochila, mas ao abrir, viram que era uma criança.
"Meu colega pensou que tinha sido um cachorro. A bolsa começou a se mexer. Eu disse que, mesmo que fosse um cachorro, ia tirar dali porque era um animal indefeso", relatou o pescador Arnaldo à TV Jornal.